sábado, 31 de outubro de 2009

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

ENCONTRARTES 2009

Foi inaugurado esta tarde, sexta-feira (30), a terceira edição do Encontrartes, certame que irá decorrer até ao dia 1 de Novembro, no Parque de Feiras e Exposições de Estremoz, Engenheiro André de Brito Tavares, numa iniciativa da responsabilidade da Câmara Municipal de Estremoz.
O Encontrartes 2009 pretende agregar no mesmo espaço a venda, mostra, compra e troca de antiguidades: livro antigo, coleccionismo e artes plásticas.
Este ano, o evento junta mais de 60 expositores, entre artistas plásticos e antiquários.
Está patente ao público uma exposição “Mostra Surrealista”, com obras de Carlos Godinho, Firmo Silva, Gustavo Fernandes, Luiz Morgadinho, Pedro Prata, Maria Pedro Olaia, Santiago Ribeiro e Victor Lages.
Para apreciar também naquele espaço um conjunto de fotografias de artistas internacionais gentilmente cedidas pelas embaixadas da Bélgica, Croácia, Eslovénia, Estónia e Turquia denominada “Foto Europa”.
A Universidade de Évora traz à Encontrartes uma exposição, onde apresenta diversas obras plásticas, entre desenho, gravura, escultura e vídeo, dos melhores alunos finalistas do curso de artes plásticas.
O certame encerra hoje às 20:00h e no fim-de-semana, dia 31 de Outubro (Sábado) e 1 de Novembro (Domingo), abre às 10:00h e encerra novamente às 20:00h.

Deixo-vos algumas fotografias daquilo que poderão encontrar em mais uma edição do EncontrArtes. Passem por lá!



quinta-feira, 29 de outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira

Portugal, rabejador da Europa
Será sensato que um país com o tamanho do nosso se aventure para fora da cauda da Europa? É importante não esquecer que é com a cauda que se enxotam as moscas. E que a cauda consegue enxotar tudo, menos o que está na cauda


Quando eu nasci, Portugal estava na cauda da Europa. Veio o PREC, e Portugal continuou na cauda da Europa. Depois chegou alguma estabilidade, e aí Portugal continuou na cauda da Europa. Entrámos na CEE, e permanecemos na cauda da Europa. Vieram os governos de Cavaco Silva, mais os milhões comunitários, e - então sim - Portugal continuou na cauda da Europa. Nisto, o PS voltou ao poder. E Portugal manteve-se na cauda da Europa. A seguir, o PSD regressou ao governo. E Portugal na cauda da Europa. Depois, mais governos do PS até hoje. E Portugal firme na cauda da Europa. Onde fica Portugal? Na cauda da Europa. Não se sabe que bicho é a Europa, mas lá que tem uma cauda é garantido. E não há dúvidas nenhumas de que Portugal está nela sozinho.
Nem sempre foi assim. No princípio, Portugal estava na cauda da Europa acompanhado. Nos anos 70, Espanha estava taco a taco connosco na cauda. Ora valia mais o escudo, ora valia mais a peseta. Primeiro, nós íamos ao El Corte Inglés fazer compras baratas. Entretanto, o El Corte Inglés veio para cá fazer vendas caras. De repente, os espanhóis meteram uma abaixo e começaram a galgar pela Europa acima - e nós ficámos na cauda com a Grécia. Nisto, os gregos também amarinharam. Abriu-se a União Europeia a países que estavam igualmente na cauda, como a Irlanda, e todos foram abandonando a cauda a caminho, suponho, do lombo da Europa.

Como se explica este fenómeno da nossa longa estada na cauda da Europa? Creio que só pode ser uma opção. E, sendo uma opção, tem de ser estratégica. É muito raro uma opção não ser estratégica. Já tivemos vários governos e regimes, e todos, sem excepção, optaram por nos manter na cauda. Deve haver um plano. Outros países, que não têm coragem de permanecer na cauda, foram avançando para a garupa. É lá com eles. Mais fica de cauda para nós.

A verdade é que alguém tem de ficar na cauda. E, no que diz respeito a caudas de continentes, a estar nalguma que seja na da Europa. Temos a experiência, o talento e, pelos vistos, a vocação para estar na cauda. Seria uma pena desperdiçar décadas e décadas de prática. Será sensato que um país com o tamanho do nosso se aventure para fora da cauda da Europa? É importante não esquecer que é com a cauda que se enxotam as moscas. E que a cauda consegue enxotar tudo, menos o que está na cauda. Os pessimistas dirão: temos o último lugar garantido. Os optimistas hão-de notar que, ao menos, é um lugar. E que está garantido. Já não é nada mau.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Para além do razoável!


Em comunicado, o autor do blogue “As Crónicas de Lambão” deixa o seguinte comentário:

Administração pede desculpa por não ter apagado atempadamente o comentário rude e injurioso acerca da Ana Fragoso;
Quanto o autor do comentário, informamos que o pai da lesada vai apresentar queixa, a não ser que o autor do dito comentário se identifique e apresente um pedido formal de desculpas;
Até lá, e para todo o sempre este blog permanecerá encerrado;

Como já referi por diversas vezes, na época de campanha eleitoral os comentários ofensivos aumentaram nos blogues e todos tinham um único objectivo: descredibilizar e manchar a imagem dos candidatos à Câmara Municipal de Estremoz. Desta forma, tive o cuidado de fechar o “Estremoz Revisited” e, actualmente, as actualizações também não têm sido efectuadas de forma regular, pois considero que o objectivo que esteve na criação deste blogue (proporcionar a discussão de vários temas que são importantes para a cidade) não está a ser alcançado.
Era, no entanto, de esperar que os comentários deste tipo diminuíssem após o acto eleitoral, facto que não se verificou. Por toda a blogosfera as injúrias proliferam desmesuradamente e visam atingir, essencialmente, funcionários da Câmara Municipal de Estremoz, os vencedores e os vencidos das eleições autárquicas. É uma autêntica “troca de galhardetes” que tem ultrapassado o limite do razoável para pessoas que querem o melhor para Estremoz.
Haverá, certamente, com a entrada da nova equipa do Sr. Mourinha, funcionários que estarão de saída da câmara, mas estes também sabem disso e não precisam que os lembrem e, muito menos, que os ofendam. Não se esqueçam que hoje ganham uns e que amanhã serão outros!
Antes de terminar este post, gostaria de esclarecer uma questão que tem vindo a ser colocada sistematicamente: o porquê de não ter aceitado os diferentes cargos que me foram propostos!
Neste âmbito, importa esclarecer, de uma vez por todas, que esta decisão não foi tomada por não acreditar num ou noutro projecto, mas porque entendo que se pretendo continuar a exercer as minhas funções de jornalista no Jornal Brados do Alentejo me devo afastar da política e, assim, manter a minha isenção.
Considero que não é muito correcto ter um cargo político e trabalhar ao mesmo tempo num jornal, e o Código Deontológico do jornalista frisa isso mesmo.
Gosto muito do que faço e o “Brados do Alentejo” é um projecto para e com futuro!
Em relação ao término do blogue “As Crónicas do Lambão”, é com muita pena que verifico que mais um destes espaços encerra, juntando-se a tantos outros que tiveram a mesma sina durante este ano!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira

Política pop
Em duas ou três semanas, Obama teve uma acção suficientemente meritória para ganhar o Nobel da Paz. Que fez ele? A resposta é clara: nada. Não ordenou retiradas, mas também não ordenou ataques. Não ordenou nada, o que já é bem bom. Um estadista que não faça nada tem, hoje, um valor inestimável

A atribuição do prémio Nobel da Paz a Barack Obama é, evidentemente, absurda. É inconcebível que o recém-eleito presidente dos Estados Unidos tenha recebido o prémio Nobel. Especialmente, é inconcebível que o tenha recebido antes de vencer um Oscar, de ganhar a Bota de Ouro e de ser coroado Miss Portugal. Que se passa com a academia de Hollywood, a Liga de Futebol Profissional e o júri do popular concurso de beleza para não terem ainda premiado Barack Obama? Como é possível que Obama esteja há quase um ano na Casa Branca e tenha vencido apenas um prémio Nobel? E logo o da Paz, que não exige qualquer mérito da parte do premiado - nem sequer o mérito de promover a paz, conforme se constata pelo facto de Henry Kissinger ter recebido o galardão em 1973. Porque não o da Literatura, se as suas autobiografias (as 23) estão escritas num estilo tão elegante e enxuto? Porque não o da Economia, o da Química ou da Medicina? Pode perguntar-se: que fez ele para vencer o Nobel da Economia, da Química ou da Medicina? E pode responder-se: o mesmo que fez para ganhar o da Paz.

As candidaturas para o prémio Nobel da Paz são entregues em Fevereiro. Barack Obama tomou posse como presidente dos Estados Unidos no final de Janeiro. Em duas ou três semanas, Obama teve uma acção suficientemente meritória para ganhar o Nobel da Paz. Que fez ele? A resposta é clara: nada. Não ordenou retiradas, mas também não ordenou ataques. Não ordenou nada, o que já é bem bom. Um estadista que não faça nada tem, hoje, um valor inestimável. Há quem diga que o prémio foi atribuído a Obama como sinal de esperança no que o presidente americano poderá fazer no futuro. Sinceramente, não creio. Julgo que o comité norueguês atribuiu o prémio agora por uma questão de oportunidade: há que aproveitar enquanto é tempo. Normalmente, é uma questão de meses até o presidente dos Estados Unidos lançar o país numa guerra qualquer. É preciso premiá-lo enquanto não começa a rebentar com coisas no Médio Oriente.
Por outro lado, é muito curioso que a atribuição do Nobel da Paz a Barack Obama tenha desencadeado uma série de comentários extremamente beligerantes. Raras vezes terá havido tanta discórdia a propósito da Paz. É mais um mérito de Obama: recebe prémios, promove discussões, agita o mundo. E tudo sem se mexer. Minto: há uns meses comprou um cão. Mas imaginem o que acontecerá quando ele começar mesmo a fazer coisas.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Capa à “Tal e Qual” ou “Correio da Manhã”!, desculpem “Manha”!!!!

Como referi há quatro posts, o “Estremoz Revisited” sofreu um breve interregno devido à sucessiva recepção de comentários ofensivos que visavam atingir os candidatos à Câmara Municipal de Estremoz.
Felizmente que este tipo de comentários aparecem em alturas “mais quentes”, como foi o caso das eleições autárquicas.
Desde a génese deste blogue foram recusados dezenas de comentários que tinham como objectivo “beliscar” a imagem de diversas individualidades da nossa cidade, mas continuo a publicar os que me são dirigidos e, muitas das vezes, faço questão de publicá-los como post principal para não haver dúvidas que são lidos pelos visitantes deste blogue.
Como é óbvio, o autor destes comentários, que é sempre o mesmo, está perfeitamente identificado, embora fosse de “mau tom” revelar a sua identidade!!!
Aqui vos deixo mais um que diz “brados”, mas que deveria dizer “Jorge”!!!!!
“Capa de jornal á "tal e Qual" ou "Correio da manha", o brados tá cada vez pior”.

Já agora, não vai sem resposta:
Sr. Anónimo,
Lamento que pense desta forma, mas todavia não lhe posso dar razão! Primeiro porque não sou leitor assíduo do “Tal e Qual” e, em segundo, porque não sei o que é o “Correio da Manha”…
Fico também triste porque tentámos fazer a capa tipo “24 horas” ou “Crime” e o senhor não referiu nenhum destes jornais!!!

Já nas bancas


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira



Câmara Municipal da Lâmpada Roxa
Al Capone daria um excelente candidato autárquico em Portugal, numa primeira fase apoiado por um partido e, quando desse muito nas vistas, como independente

O fenómeno mais interessante da política local é a atracção que os arguidos têm pelas autarquias. As autarquias estão para os arguidos como aquelas lâmpadas roxas dos restaurantes estão para as moscas. Sem pretender ser ofensivo para as moscas, a verdade é que o mecanismo é extremamente parecido. Só não é igual porque, ao passo que as moscas falecem quando tocam na lâmpada, os arguidos ganham nova vida assim que entram na Câmara Municipal.

Não sei se o leitor tem conhecimento disto, mas o termo autarquia provém de duas palavras gregas que são muito difíceis de pronunciar. Este é um primeiro ponto curioso. O segundo ponto é que essas palavras significam "comando de si mesmo", ou "governo de si mesmo". Na origem, esse significado indica que uma autarquia é o governo que determinada localidade exerce sobre si mesma. No entanto, alguns autarcas fazem uma interpretação ligeiramente diferente, mas que não pode deixar de se aceitar: na expressão "governo de si mesmo", aquele "si mesmo" é o autarca. É ele que, no sábio jargão dos taxistas, se governa. E assim se regista um ponto de contacto entre a etimologia grega e os modernos motoristas de táxi, ligação que sempre suspeitei que existia.
A candidatura autárquica é o equivalente, nos jogos de vídeo, às vidas infinitas. Não há estrago da vida pessoal do candidato que não possa ser resolvido com uma candidatura autárquica. Penas de prisão, desemprego na família, despesas com obras: não há mal que uma candidatura autárquica não adie ou resolva. Sobretudo devido ao prurido democrático que a maior parte dos eleitores tem em votar num autarca que não seja arguido. Se vivesse em Portugal, Al Capone nunca teria sido preso. Em princípio, seria presidente de Câmara. Os cidadãos não hesitariam em votar num homem que, sendo famoso, tinha, além disso, demonstrado saber criar emprego em várias áreas de negócio, com especial destaque para as tão apreciadas pequenas e médias empresas. Desde as cimenteiras até às agências funerárias, quase não há indústria que não tenha beneficiado das actividades de Al Capone. Não duvido de que daria um excelente candidato autárquico em Portugal, numa primeira fase apoiado por um partido e, quando desse muito nas vistas, como independente. A única reserva que coloco ao sucesso de Al Capone na política autárquica portuguesa é a consciência do conhecido gangster americano. Poderia dar-se o caso de Capone ficar inibido com tanta vigarice e desejar voltar para Chicago.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Podemos descansar!!!

Os estremocenses acordaram em sobressalto no passado domingo, dia 4, com a notícia que foi publicada no jornal “Correio da Manhã” acerca de um pedófilo de 19 anos que seria militar no Regimento de Cavalaria Nº3.
Apesar dos crimes terem sido praticados na localidade do delinquente, Trofa, este anúncio contribuiu para denegrir a imagem da nossa cidade, que mais uma vez andou na “boca do mundo” pelas piores razões, e da instituição tricentenária, Regimento de Cavalaria Nº3.
Esta situação originou, ainda, no decorrer do dia de hoje, 6, alguns constrangimentos a militares, pais de família, que nada tinham a ver com esta história. Desde mães a afastarem os seus filhos dos militares até ofensas de crianças ao soldado que prestava serviço à Porta de Armas, houve de tudo!!!
Os militares têm contribuído para o “bom-nome” da nossa cidade e não mereciam ter passado por este tipo de embaraço!
De todas as formas, a boa notícia é que podemos ficar descansados… “POR COINCIDÊNCIA”, e segundo o que o Brados do Alentejo conseguiu apurar, este militar rescindiu hoje o seu contrato de trabalho com esta instituição e já não se encontra em Estremoz.
Para terminar, gostaria de deixar um grande abraço a todos os “Dragões de Olivença” e ao seu comandante e amigo, coronel Pedro Fonseca Lopes.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Breve interregno!!!!

Como repararam o “Estremoz Revisited” fez uma pequena pausa. Este facto prende-se com dois factores: um primeiro com a falta de tempo e um segundo com as eleições autárquicas.
Depois da publicação de vários posts verifiquei que se registava um aproveitamento político dos temas a discussão e que esta oportunidade era aproveitada para denegrir a imagem de vários candidatos à Câmara Municipal de Estremoz.
Desta forma, resolvi fazer um interregno e só “voltar à carga” a seguir ao acto eleitoral.
O “Estremoz Revisited” ainda não completou a seu primeiro aniversário e já foi visitado por cerca de 30 mil pessoas, número muito significativo para um blogue local. A elas deixo o meu profundo agradecimento pela participação e fica a garantia que brevemente estarei de volta!!!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009