sábado, 28 de novembro de 2009

XVII Cozinha dos Ganhões

Foi inaugurada ontem a XVII Cozinha dos Ganhões, certame que decorrerá até à próxima terça-feira, dia 1 de Dezembro, no Parque de Feiras e Exposições de Estremoz, Engenheiro André de Brito Tavares.
A principal novidade deste ano, é a criação de espaços nos quais os visitantes poderão petiscar de pé. Desta forma, em vez de estarem sentados sempre no mesmo espaço, poderão dar uma “voltinha” pelos diversos tasqueiros e provar o que de melhor têm para oferecer.
Nesta edição da Cozinha dos ganhões, e dada a grande adesão dos tasqueiros locais, participam apenas agentes económicos do concelho de Estremoz.
A entrada é gratuita.
A Cozinha dos Ganhões (trabalhadores rurais), referência a nível de gastronomia no sul do país, nasceu em 1985 durante uma petiscada que reuniu João Albardeiro, Aníbal Alves e João Ferrão e nesta edição, com um programa que pretende ser uma mostra do melhor do concelho de Estremoz, irá certamente atrair ao Parque de Feiras e Exposições de Estremoz inúmeros amigos da boa cozinha, do convívio e da cultura popular alentejana.
Passem por lá!!!


Programa:

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira


Escândalos: vantagens e vantagens ainda maiores
Estar envolvido num escândalo é grave; estar metido em vários é uma garantia de segurança

Há mais de dez minutos que não vem a público um escândalo envolvendo o nome de José Sócrates. Que se passa com este país? O escândalo Face Oculta perdeu o encanto inicial, o escândalo Freeport deixou de produzir notícias, o escândalo das escutas ao Presidente da República esmoreceu, o escândalo da Universidade Independente parece estar parado, o escândalo das casas projectadas na Guarda prometeu mais do que cumpriu, e confesso já ter esquecido o que estava em causa no escândalo Cova da Beira. Julgo falar em nome de todos quando digo que precisamos urgentemente de um novo escândalo.


José Sócrates, certamente, não se importa: o primeiro-ministro parece ter tomado uma vacina contra os escândalos. Não há suspeita de indecência escabrosa à qual ele seja vulnerável. Políticos menos resistentes já foram obrigados a demitir-se por causa de anedotas, de sisas que afinal tinham pago, de corninhos. O primeiro-ministro transita de escândalo em escândalo como Tarzan de liana em liana. Nenhum homem é uma ilha, diz o poeta, mas José Sócrates é um homem rodeado de escândalos por todos os lados.


Não há escândalo que consiga verdadeiramente furar a barreira de escândalos que o rodeia. Aparece um escândalo novo e a opinião pública boceja: já vimos melhor. Surge uma suspeita inédita e o País encolhe os ombros: podia ser mais escandalosa. Estar envolvido num escândalo é grave; estar metido em vários é uma garantia de segurança. O povo conhece José Sócrates há já algum tempo e sabe que ele pode estar envolvido num escândalo, mas duvida que ele tenha a iniciativa, o desembaraço e a capacidade de trabalho para estar envolvido em tantos.


O problema da oposição é, justamente, de abundância: encontra-se perante os escândalos como o burro de Buridan em frente ao feno. De todos os paradoxos filosóficos em que comparecem asnos, este é o meu preferido: o burro faminto tem diante de si dois montes de feno exactamente iguais. Não havendo uma razão para optar por um em vez de outro, é incapaz de escolher e morre de fome. No caso de Sócrates, os escândalos são os montes de feno e a oposição é o burro (há acasos felizes na vida de quem se entretém a compor símiles). A única diferença é que o burro morre sossegado, enquanto os dirigentes dos partidos da oposição definham aniquilando-se mutuamente. Mas ninguém espera que os militantes do PSD tenham o discernimento de um burro.

Já nas bancas


domingo, 22 de novembro de 2009

Parabéns CCE

O Clube de Ciclomontanha de Estremoz comemorou hoje, dia 22, o seu 15º aniversário.
Para assinalar esta data o clube organizou um passeio de BTT, evento que contou com a participação de quase meia centena de adeptos da modalidade.
Deixo-vos algumas fotografias desta iniciativa:
















Na próxima edição do seu jornal, Brados do Alentejo, saiba tudo sobre esta iniciativa e as razões que poderão estar a comprometer o futuro do Clube de Ciclomontanha de Estremoz.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira


Diz-me a quem telefonas, dir-te-ei quantas certidões terás na PGR
Primeiro foi a família. Agora, são os amigos. Falta, evidentemente, o cão. Parece óbvio que vai ser o bicho a protagonizar o próximo escândalo


Pimeiro, foi a família. Dois ou três tios de José Sócrates, em estreita colaboração com quatro ou cinco primos, produziam declarações diárias que eram embaraçosas para o primeiro-ministro, além de serem muitas vezes embaraçosas para eles mesmos. Quase toda a gente que tinha relações de parentesco com José Sócrates falou à comunicação social a propósito do processo Freeport e confessou um envolvimento mais ou menos profundo no caso. Não houve primo em terceiro grau que não tivesse um dia almoçado com um vizinho de uma senhora que conhecia um amigo do caddy de Charles Smith que não tenha vindo revelar tudo para a imprensa. De repente, a própria mãe do primeiro-ministro apareceu envolvida num escândalo que, tendo embora menores proporções, conseguia, ainda assim, o propósito de escandalizar.


A vida do chefe de governo deve deixar-lhe pouco tempo para a vida pessoal, mas, durante aqueles meses, sempre que o primeiro-ministro queria ver a família, bastava-lhe assistir ao telejornal da TVI. Deve ser reconfortante.
Agora, são os amigos. Armando Vara está metido em sarilhos, o que não deixa de ser surpreendente. Trata-se de um homem brilhante que, de acordo com a página do Millenium BCP na internet, concluiu uma pós-graduação ainda antes de se licenciar. Pós-graduar-se sem antes se graduar constitui uma manobra académica que não está ao alcance de qualquer intelecto.


Mais: apesar de ter concluído a licenciatura já depois dos 50 anos, Vara ainda conseguiu chegar a administrador de bancos, o que o transforma, provavelmente, no mais feliz emblema do programa Novas Oportunidades. Infelizmente, aparece agora ligado a um caso de corrupção, no âmbito do qual se registaram conversas telefónicas que manteve com José Sócrates, e cujo conteúdo é, ou gravíssimo, ou absolutamente inócuo.


Falta, evidentemente, o cão. Se Sócrates tem um cão, sugiro que o submeta a vigilância apertada. Parece óbvio que vai ser o bicho a protagonizar o próximo escândalo. Ninguém sabe se fez um desfalque nas latas de ração, se alçou a pata para uma árvore protegida, se foi visto a cheirar o rabo do cão do Presidente. Mas alguma coisa terá feito. E a justiça há-de deixar no ar a ideia de que se trata de qualquer coisa grave, ideia à qual a comunicação social dará o eco devido. E, no final, o caso terá um desfecho terrivelmente inconclusivo.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Teatro Bernardim Ribeiro encerra para obras

Câmara Municipal de Estremoz informa:
A Câmara Municipal de Estremoz informa todo os interessados que, devido ao estado de degradação em que algumas infra-estruturas do Teatro Bernardim Ribeiro se encontram, será necessário efectuar algumas intervenções imediatas, razão pela qual o edifício estará encerrado ao público a partir do dia 1 de Janeiro de 2010 e até data a anunciar oportunamente, depois de efectuada a avaliação das intervenções a realizar.

Agradecemos a compreensão de todos e pedimos desculpa pelo transtorno que esta medida possa vir a causar, mas esta intervenção é necessária para bem da segurança de todos quanto frequentam este equipamento cultural.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"Fila para o cabeleireiro"

Fotografia captada durante a inauguração da Festa do Vinho e da Vinha, em Borba, e retirada do blogue “Jornalistas do Alentejo”.


Fila para o cabeleireiro

Jornalistas dos diversos órgãos de comunicação social aguardavam ansiosamente os discursos do ministro e dos restantes intervenientes na inauguração do certame.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Esclarecido?

Anónimo disse...
"Porque o sr. Ribeiro tem nos últimos dias ameaçado webmasteres e comentadores dos blogs de Estremoz de os levar a tribunal importa esclarecer, com o intuito de afastar receios infundados o seguinte:
Quem leva alguém a tribunal é um Juiz, coisa que ao que se saiba o sr Ribeiro não é.
Pode quando muito, é um direito que lhe assiste, apresentar queixa no Ministério Público.
Este, analisada a queixa notificará o acusado ou, senão houver matéria como aparenta ser o caso, manda arquivar a queixa.
Caso o Ministério Público entenda que pode haver matéria ouve as partes após o que, havendo matéria manda para inquérito ou, como parece ser o caso, arquiva.
Na fase de inquérito serão ouvidas testemunhas e feitas outras diligências no sentido de apurar responsabilidades. Nada se apurando, como facilmente conclui neste caso, arquiva o processo. Caso contrário envia, então sim, para o Tribunal.
Onde, num caso destes o sr. Ribeiro perderá e terá de arcar com o pagamento das custas que não são nada baratas. A menos que apresente prova de insuficiência económica como decorre da lei.
Chamo ainda a atenção que a queixa, ao contrário do que escreve o sr. Ribeiro, terá de ser apresentada no tribunal da comarca de residência do acusado. Ou seja quem tem de fazer os tais 450 quilómetros é ele".
12 de Novembro de 2009 20:22
“Sr. anónimo”,
muito obrigado pelo seu importantíssimo contributo que nos ajudou a clarificar esta situação!
Para mim, este tema já teve demasiado “tempo de antena” e está encerrado!
Quanto ao Sr. Dr. Abel Ribeiro desejo-lhe as maiores felicidades nesta sua “caminhada”.

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira


A argamassa alegórica dos muros metafóricos
Somos um povo de construtores civis da metáfora, de patos-bravos da figura de estilo - o que não tem mal nenhum

As carinhosas irmãs vicentinas que me educaram até à quarta classe suportaram o meu ateísmo sem o mais pequeno queixume. E suportaram-me a mim com o mesmo silêncio, o que é ainda mais notável. O facto de não terem tentado sequer convencer-me a fazer ao menos o baptismo revela um respeito tão firme pela liberdade religiosa que chega a comover-me. Por outro lado, pode dar-se o caso de não terem querido oferecer um sacramento ao pecadorzinho pertinaz que, sem dúvida nenhuma, perceberam que estava ali a despontar. Também comove: senhoras que viviam em reclusão, com pouca experiência do mundo real, conseguiam mesmo assim topar um selvagem aos seis anos. Mas, mesmo não tendo desperdiçado proselitismo que lhes fazia falta para salvar almas mais merecedoras da salvação, ainda assim ensinaram-me canções religiosas. Esta semana, recordei uma que se chamava Os muros vão cair.


É interessante quando certos pormenores da biografia do cronista se adequam ao tema tratado na crónica, não é? Ficamos com a sensação de que o tempo passa pelo mundo e pelo cronista do mesmo modo, que deixa em ambos a mesma marca, e sobretudo que o mundo e o cronista têm a mesma importância, o que é especialmente agradável. (Para o cronista. Para o mundo, é relativamente desprestigiante.) Por isso, sempre que posso invento um facto biográfico que se relacione com os principais acontecimentos da semana. Desta vez, não precisei de fazê-lo. As freiras ensinaram-me mesmo a música político-religiosa Os muros vão cair, que falava de muros metafóricos em geral para falar do muro de Berlim em particular.


A esta distância, constato que as vicentinas tinham duplamente razão: dez anos depois, o muro de Berlim caiu mesmo, e 20 anos depois da queda as metáforas sobre muros continuam pujantes. Quando, na passada segunda-feira, se comemorou o aniversário da queda do muro, ficou claro que as metáforas com muros estão para o muro de Berlim como a pergunta "Queria, já não quer?" está para os clientes dos cafés que, por educação, fazem o pedido no pretérito imperfeito. A queda do muro é uma efeméride que, ano após ano, ouve sempre as mesmas piadas. Todos, mas mesmo todos os comentadores lembraram outros muros que, à semelhança do de Berlim, devemos derrubar. O muro da intolerância, o muro da injustiça ou o muro da desigualdade social foram alguns dos muros mais citados. E todos, mas mesmo todos, apontaram a seguir as pontes que devem ser construídas nas ruínas dos muros. A ponte da esperança e a ponte do entendimento entre os povos foram as duas infra-estruturas metafóricas mais referidas. Se juntarmos a estes muros e pontes as auto-estradas da informação, percebemos que as metáforas sobre obras-públicas são, sem dúvida nenhuma, as mais populares do espaço público português. Somos um povo de construtores civis da metáfora, de patos-bravos da figura de estilo - o que não tem mal nenhum. Estou só a observar um fenómeno sem o julgar. Por favor, não me enfiem no túnel da incompreensão.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sr. Abel Ribeiro exige pedido de desculpas!

“Caro Jorge Pereira
A minha esposa (não a minha "companheira", como o cobarde anónimo diz, talvez vendo-se ao espelho das suas falsas vidas duplas, penso) já clarificou tudo.
Só que há prazos e honra:
1) Prazos
Tem até hoje às 24 h para identificar o "anónimo", sob pena de, ao abrigo da muita jurisprudência existente sobre blogs, ter de assumir aquilo que me foi chamado a mim e à minha esposa, que Você podia não ter publicado, se moderasse os comentários (por ser anónimo) ou, mesmo, apagado, após conhecer o texto e, ainda mais, após a denúncia; não fez nada disso e agora já é tarde; gosta, afinal, do tão estremocense anonimato. Terá, talvez, de fazer 450 Km para responder por isso, caso não identifique o "corajoso" anónimo.
2) Honra
Alem do antes dito, não basta tentar moderar boatos, calúnias e difamações com intenções "seráficas" como os comentários que coloca, a convidar à contenção : de boas desculpas está "o Inferno cheio"; daí que exista um segundo acto ptencialmente criminoso, ou seja, ser conivente. Mas deste, sem ilidir o outro, pode pedir pública desculpa (que aceitaremos), no blog, mas não em comentário, mas em "post", retratando-se, TERMO A TERMO, INSULTO A INSULTO, daquilo que se permitiu publicar. Ou seja, dizendo que permitiu infâmias, das quais não tem provas, e de tal pede desculpa aos visados. NESTES TERMOS PRECISOs, MAS REFERINDO CADA OFENSA : PILANTRAS, etc.
São, pois, duas causas : a da difamação, e, aqui, não há solução (exigimos saber quem é o autor, senão é Você e esta só se resolve em Tribunal); a segunda, de conivência, que resolverá, de modo cavalheiresco, com um comentário, a publicar hoje, até às 24h, onde Você, termo a termo, repito, se retrata de ter permitido tais impropérios,por um anónimo (tal como dito acima).
Fico a aguardar.
Já agora, gritar "Moderem os comentários" é uma irresponsabilidae. Quem tem um blog sabe que tem essa possibiidade e ela é de sua responsabilidade.
Se não o consegue fazer, feche o blog.
Lamento, Jorge”.

Recebi este comentário do Sr. Abel Ribeiro que decidi publicar na íntegra, exigindo a identificação do autor do comentário que referiu os “possíveis” incumprimentos deste senhor em relação às suas contas e um pedido de desculpas da minha parte até às "24 horas" do dia de hoje.
Primeiro, se o autor deste comentário, que se identificou perante a minha pessoa, preferiu o anonimato, considero que devo respeitar a sua decisão e não revelar a sua identidade, mas garanto-lhe que este senhor sabe do que fala e que está a reunir provas que sustentem o seu comentário!
Vir-me falar em difamações depois de ter acusado o actual presidente da Câmara Municipal de Estremoz, senhor Luís Mourinha, de ir a “Bares de alterne e pedir facturas em nome da Câmara”, como sendo de jantares, para ser reembolsado” e de referir que a vereadora Sílvia Dias “pode reivindicar um lugar num desses bares” e que “mostrou que se sabe "prostituir. E que até já tem um "chulo" : o Presidente Mourinha...”, é, no mínimo, contraditório.
Também falho e assumo essas falhas, mas , neste caso, não me sinto obrigado a pedir desculpas a um senhor que diz que foi “difamado” e que proferiu tamanhos impropérios em relação ao Sr. Luís Mourinha e Sílvia Dias.
Pediu também que o autor do comentário provasse o que disse. Sr. Abel Ribeiro, prove-me você também onde estão essas facturas que o presidente da Câmara Municipal de Estremoz pediu em nome da entidade que dirige para pagar contas em “Bares de alterne”.
Acredite, ainda, que os comentários realmente ofensivos ficaram na “gaveta”, mas se os quiser ler posso enviar-lhe!
Para terminar, se preferir, em vez de enterrar este assunto, seguir para a barra dos tribunais é uma decisão que só lhe cabe a si.
Com os melhores cumprimentos
Jorge Manuel Pereira

Esforço recompensado!

Quando no exercício das minhas funções me encontro no terreno, tenho sempre em mente cumprir com as minhas obrigações e realizar o meu trabalho da melhor forma possível e é sempre gratificante quando verificamos que este esforço é reconhecido. Foi o que aconteceu com o 1º Passeio TT Regimento de Cavalaria 3, cujas fotografias foram publicadas numa revista especializada em desportos motorizados todo-o-terreno.








domingo, 8 de novembro de 2009

"Telhados de vidro...."

Os comentários e os blogues anónimos continuam a causar grande consternação na blogosfera estremocense. Como “quem não sente não é filho de boa gente”, é natural que os visados nestes posts e nestes comentários injuriosos se sintam incomodados e se insurjam contra estes blogues.
Também eu já “vesti essa pele”. De quando em vez o meu nome também tem aparecido pelos blogues, mas, felizmente, poucas em forma de insultos. Cito apenas um comentário que foi publicado no blogue “Estremoz Soeiro”:

Pinceleta disse...
Sr. Pedro estranhei que o sr, esteja a destacar o que todos sabem é que há bom cinema em Estremoz e agora apareça um sr que diz que é jornalsitra mas também é blogueiro e bêtêtero a dezer que foi ao cinena. ainda bem para ele a ver se se cultiva, o home faz tudo pra aparecer na capa do pasquim. amigos? não tem

Em relação a este comentário, como não me revi nele n
ão “me aqueceu nem me arrefeceu” e tenho plena consciência de que foi colocado para “ver se pegava”, ou seja, para mais pessoas agarrarem o tema “Jorge Pereira” e, assim, poder gerar mais alguns insultos. Mas, ao contrário do que é normal nestas situações, a tentativa saiu frustrada e os comentários ficaram por aqui…
Nesta situação poderia também ter pedido ao autor do blogue para retirar o comentário, mas, confesso, que estava curioso para ver onde é que isto poderia chegar.
Inclusivamente, quando no “Estremoz Revisited” aparecem comentários que pretendam denegrir a minha imagem, em vez de os apagar, faço questão de os colocar como post principal para todos poderem observar. Estou de consciência tranquila e como não me revejo neles considero que devo proceder desta forma!
Mas, não é este o tema principal deste post.
Independentemente de o blogue ser assinado ou não, considero que não se devem aproveitar estes espaços para falar de tudo e da forma que nos apetece. Há limites que não podem ser ultrapassados ou, pelo, menos não deveriam.
O 25 de Abril acabou com a censura e restituiu aos portugueses a liberdade de expressão mas, como se diz vulgarmente, “a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros”!
Acusar o presidente da Câmara Municipal de Estremoz, independentemente de quem seja, de frequentar “Bares de alterne” e de pedir “facturas, em nome da Câmara, como sendo de "jantares", para ser reembolsado”, ou afirmar que a vereadora “mostrou que se sabe prostituir. E que até já tem um "chulo" : o Presidente Mourinha...” em nada contribui para elevar o nível da blogosfera. São ainda, na minha opinião, acusações que não deveriam passar impunes!
Um pouco por todo o lado, vejo pessoas que parecem ser os donos da palavra. As suas opiniões e análises é que contam, são as únicas correctas e não há sequer margem para discussão.
Se por um lado estes senhores “são um exemplo a seguir por todos nós”, por outro as suas acções e provas dadas (ou não) nada abonam a seu favor e no seu lugar eu tomaria uma posição de “low profile” para não levantar o pó… “Quem tem telhados de vidro não deve atirar pedras ao telhado dos outros”.
Quanto à vereadora Sílvia Dias será tema de um próximo post, quando baixar o pó. Gostaria, no entanto, de lhe deixar uma palavrinha. Na qualidade de grande amigo, estou tranquilo porque tenho toda a certeza de que ela irá fazer um bom trabalho e tudo o que estiver ao seu alcance para elevar o nome da cidade e dos estremocenses!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira


Armando Vara na vara criminal
Que os índices de desenvolvimento estagnem, ou até regridam, não me choca nem surpreende. É habitual. Mas que as actividades ilícitas andem, elas próprias, nas ruas da amargura, deixa-me deprimido



O que se oferece a quem já tem tudo? Um cheque de 10 mil euros é uma boa hipótese. Há ofertas que sabem sempre bem, e um cheque de 10 mil euros é simultaneamente prático e elegante. É elegante por ser, no fundo, uma mensagem escrita num tempo em que as pessoas já não escrevem umas às outras, o que é desde logo comovente. É prático, porque ninguém se queixa de já ter um igual e, na hipótese remota de não gostar, trata-se de um presente que se pode trocar em qualquer altura. Nomeadamente, por bens no valor de 10 mil euros.


Dito isto, e por muitos méritos que as hipotéticas ofertas de 10 mil euros possam ter, é forçoso assinalar que o caso Face Oculta embaraça, e de que maneira, José Sócrates e o partido socialista. Ainda há pouco tempo, figuras importantes do PSD foram enredadas num escândalo que envolvia milhões desviados da banca. Quando militantes destacados do PS aparecem ligados a crimes, o melhor que conseguem é uma suspeita de pagamento ilícito de 10 mil euros, levado a cabo por um sucateiro. De um lado, o glamour social-democrata da alta finança, das off-shores, dos grandes grupos económicos; do outro, a falta de estilo do ferro-velho e do lixo. Estamos perante corrupção pelintra, que é um oximoro difícil de compreender: na origem da corrupção costuma estar a ganância. Aceitar subornos de 10 mil euros ao mais alto nível é como ser depravado a dar beijinhos na testa.


Quando surgiu, o caso Face Oculta foi justamente recebido por todos com algum entusiasmo, pelo contributo que dava para desenjoar os portugueses dos escândalos do Freeport, do BPN, do BPP e dos submarinos, entre outros. Era um caso cujo processo seria interessante acompanhar, desde o momento inicial da investigação até ao dia em que, vários anos depois, uma prescrição ou um vício de forma acabe por absolver todos os arguidos menos o mais pequenino. No entanto, quando começaram a ser conhecidos os pormenores, o caso passou de simpático a aflitivo. Se se confirma que administradores de grandes bancos recebem 10 mil euros em troca de favores, quanto receberá, hoje em dia, um vereador corrupto, um administrativo gatuno, um vulgar funcionário vigarista? Eu sou do tempo em que fechar ilegalmente uma marquise custava mais do que 10 mil euros só em luvas. O que está a acontecer ao meu país? Que os índices de desenvolvimento estagnem, ou até regridam, não me choca nem surpreende. É habitual. Mas que as actividades ilícitas andem, elas próprias, nas ruas da amargura, deixa-me deprimido. Falhar onde nunca fomos bons não é novidade; fraquejar onde sempre fomos grandes, mói um bocadinho.


José Alberto Fateixa - Na hora da despedida

A edição nº 723 do jornal Brados do Alentejo esgotou, tendo-se registado uma autêntica “corrida” às bancas. Desta forma, e porque tenho conhecimento que algumas pessoas não tiveram a oportunidade de ler a última entrevista do presidente da Câmara Municipal de Estremoz, José Alberto Fateixa, este artigo será publicado na íntegra no blogue “Estremoz Revisited” e no site oficial do jornal Brados do Alentejo.

José Alberto Fateixa
Na hora da despedida
A terminar o seu mandato, José Alberto Fateixa reuniu com a comunicação social local (jornal Brados do Alentejo, Ecos e Rádio Despertar Voz de Estremoz) na passada segunda-feira, dia 26, na Estalagem Páteo dos Solares e deu a sua última entrevista enquanto presidente da Câmara Municipal de Estremoz, respondendo às questões colocadas pelos jornalistas durante um agradável almoço. Abordaram-se temas como os resultados das eleições autárquicas, as principais medidas tomadas durante a sua governação e o futuro de Estremoz e dos estremocenses.

Como analisa os resultados obtidos nas últimas eleições autárquicas?
Os estremocenses pronunciaram-se, fizeram as suas escolhas e elas aí estão para a governação do concelho nos próximos quatro anos.

Que balanço faz destes quatro anos de governação?
Nós assumimos um conjunto de compromissos há quatro anos. Assumimos o compromisso de promovermos a modernização da câmara enquanto instituição, de contribuir para a afirmação de Estremoz no contexto regional e lançámos o que são as bases para que o concelho se possa desenvolver e promover às pessoas um melhor bem-estar. Este mandato foi exercido num contexto especial. As obras de maior envergadura que as autarquias executam são feitas com base nos quadros comunitários e quando nós chegámos o terceiro quadro de apoio estava comprometido e não tínhamos espaço senão para acabar obras. Quando abandono o exercício deste cargo deixo um conjunto de compromissos financeiros que permitirão ao próximo executivo lançar obras que, no meu entendimento, serão importantes para tornar Estremoz mais vivo, mais forte e promover melhor cidadania às pessoas. Pretendemos organizar a casa, credibilizar a câmara junto dos fornecedores, contribuir para a afirmação de Estremoz no contexto regional e criar condições para que quando existisse financiamento podermos dar um salto qualitativo para melhorar o bem-estar e termos mais visibilidade, mais força e mais atractividade fora do concelho.

Quais serão os maiores benefícios que o seu sucessor terá da sua governação?
Fico muito satisfeito por termos conseguido que a administração pública permanecesse e reforçasse a sua presença no concelho. As respostas da saúde, da agricultura, da justiça e da educação são extremamente importantes. A decisão tomada de integrarmos as Águas do Centro Alentejo e tudo o que aí vem em termos de investimento para este próximo mandato, aquilo que foi possível fazer em termos de contratualização que, por exemplo, permitirá que a rede de estradas seja melhorada e que hajam novas intervenções num conjunto de estradas que são estruturantes na lógica do concelho, aquilo que conseguimos em termos de participação na rede de Cidades do Corredor Azul, que permitirá a intervenção na lógica da ciência e dos equipamentos da ciência ligados ao património, e o que conseguimos na área da educação, que permitirá uma intervenção de fundo no valor de quatro milhões de euros para a Escola Básica Sebastião da Gama, são, entre outras, obras físicas que deverão acontecer nos próximos tempos. Portanto, tudo isto no seu conjunto representa um investimento de cerca de 20 milhões de euros para os próximos quatro anos no concelho de Estremoz e penso que são marcas indiscutíveis de uma estratégia e de um rumo que lançámos.

Deixa de desempenhar o cargo de presidente da Câmara Municipal de Estremoz para exercer o de vereador na oposição. Como é que irá realizar esta oposição nos próximos quatro anos?
Sempre disse que aquilo que me fazia correr era Estremoz. Há quatro anos era deputado da Assembleia da República e optei por concorrer à Câmara Municipal de Estremoz. Deixei de ser deputado para me dedicar totalmente à minha cidade e ao meu concelho, defendendo as minhas propostas e as minhas ideias na conjuntura que vivemos. Não concorro contra ninguém, mas pela minha cidade e pelo meu concelho. Tenho um conjunto de compromissos que foram espelhados no programa eleitoral que apresentei aos estremocenses e que decorrem muito daquilo que foram as minhas opções ao longo de quatro anos e tentarei levá-las à prática no próximo mandato.
Não tenho nenhuma posição contra o que quer que seja, tenho as minhas convicções que serão aquelas que continuo a defender ao longo dos anos.

Se pudesse recuar quatro anos fazia tudo igual e tomava as mesmas posições?
Olhando para trás, naturalmente faria muitas coisas diferentes. A vida ensina-nos que devemos aprender com coisas que correm menos bem, mas no essencial gosto de dizer que corro pelas minhas convicções e por aquilo que entendo que são as ideias que melhor servem as pessoas. A minha ideia nunca foi servir interesses particulares, mas servir interesses gerais e estar à altura do tempo. Este é um tempo de competição entre cidades e concelhos, de dificuldades económicas para as pessoas, famílias, empresas, para o país e para o mundo. É um tempo em que os desafios são mais complexos e não é o tempo da facilidade e da palmadinha nas costas. É o tempo de sabermos para onde queremos ir e considero que um concelho sem educação é um concelho que não tem a capacidade da realização e fazer acontecer coisas. Um concelho que não seja capaz de olhar para o seu património, para o seu espaço público e recuperá-lo, para resolver as questões ambientais não é um concelho com futuro! Portanto, certamente que muitas coisas seriam diferentes, pelo menos na forma, mas na substância estou convicto e durmo com a convicção de quem escolheu o caminho da afirmação do nosso concelho numa lógica de interesse comum e geral e não do interesse particular, não das coisas comezinhas. Temos que acreditar que temos gente que faz com que o concelho tenha hipótese de ter futuro e nesta competição desenfreada, que vivemos hoje, temos que fazer ouvir a nossa voz e eu fiz ouvir a voz de Estremoz ao longo do tempo. Temos que ser capazes de juntar vontades e de melhorar a nossa auto-estima e acho que, no essencial, o fiz.
A vontade expressa nos votos foi noutro sentido e há que respeitar e tirar conclusões. O concelho tem hoje outro timoneiro, direi que a maior parte das pessoas de Estremoz que expressaram o seu voto se revêem na maneira de ser, de estar e de agir do novo presidente da câmara e o mais que posso é desejar-lhe felicidades e ao concelho.

Vamos voltar a vê-lo daqui a quatro anos na luta pela Câmara Municipal de Estremoz?
As eleições autárquicas são só um momento que ocorre de quatro em quatro anos. A vida ocorre todos os dias e cá estarei com a minha maneira de ser e de estar, com os meus ideais, como homem desta terra que optou por aqui viver a dar o seu melhor.

A abandonar o seu cargo de presidente da Câmara Municipal de Estremoz o que pensa fazer de futuro?
Sou professor há mais de 20 anos na Escola Secundária Rainha Santa Isabel e é essa a minha profissão. Não enjeito desafios desde que considere que tenha capacidades e que possa prestar um bom serviço.

Está magoado com os estremocenses?
Estou de consciência tranquila porque fiz aquilo que achava melhor. Os estremocenses, naturalmente, escolhem e tomam as opções que entendem como melhores e acredito que tomaram a opção que uma parte da população acreditou ser a melhor. Agora, tenho a certeza que, ao longo destes quatro anos, Estremoz foi ouvido, se afirmou e mostrou vitalidade. Houve inúmeras coisas que aqui aconteceram e que dão um sinal positivo da nossa cidade e do nosso concelho e este é uma marca que não é apagável.

Durante a campanha eleitoral foi criticado pela oposição por ter uma governação prepotente, arrogante e distante dos munícipes. Qual a sua opinião em relação a estas criticas?
Quem me conhece minimamente sabe que posso e, certamente, tenho muitos defeitos, mas há vários que de certeza não tenho. Prepotente e arrogante é algo que nunca fui nem nunca serei, não está na minha essência! Penso que esta opinião teve a ver com a estratégia que algumas forças adoptaram relativamente ao modo de estar na política e na vida. Não sou assim. Bato-me por aquilo que acredito e pelas ideias que julgo serem as melhores. Nunca me afirmei rebaixando os outros e nunca fiz o meu caminho querendo o mal dos outros. Nunca foi essa a minha maneira de ser e, aliás, acho que quanto melhor as pessoas tiverem mais hipóteses temos de ter uma vida e um futuro. Não considero que em termos de gestão fosse arrogante. Por vezes admito que possa não ter sido tão próximo quanto gostaria, mas por enquanto, como alguém dizia, não é possível estarmos à janela e vermo-nos na rua! Logo para poder estar a tentar resolver um conjunto de questões em Évora ou em Lisboa e estar a bater à porta de ministros e secretários de Estado não podia estar no café, no restaurante, na taberna, na loja, num sitio mais próximo a dar palmadinhas nas costas e a chamar nomes a alguém. Esta é a minha maneira de defender os interesses de todos. Sempre acreditei que as grandes decisões são tomadas nos sítios que estão mais longe de nós, em Lisboa, e, portanto, para podermos influenciar e determinar estas decisões temos que ir a Lisboa e mostrar os nossos argumentos. Ora, se por vezes estamos em Lisboa ou em Évora, nos sítios onde se decidi, não podemos estar tão perto quanto gostaríamos.
Haverá pessoas com uma ideia menor que defendem coisas que não são realizáveis e a vida política não é assim. Este é o preço que se paga por defendermos os nossos ideais e aceitarmos estar à frente de coisas!

Se pudesse escolher uma marca na sua governação qual escolheria?
Escolhia a marca do orgulho de ter dado o melhor pela minha terra, querendo, desse modo, servir o melhor que soube e sei. Tento sempre ouvir a nossa terra, dando a ambição de não me resignar às coisas pequeninas. Neste mundo global e competitivo quem não está nos sítios da decisão está fora da decisão. Tenho o orgulho de ser de Estremoz, de acreditar nas suas gentes e na sua força e capacidade realizadora.
Estremoz tem futuro e isso é importante, não ser resignada, não pode ficar de fora e a dizer que os outros não nos dão isto ou aquilo, mas antes lutar e ir aos sítios onde as coisas ocorrem e decidir ou ajudar a decidir e influenciar e dirimir argumentos para quem decidi possa ter a noção de que a voz de Estremoz foi ouvida nos sítios. Cada vez quero que mais coisas venham para aqui, mas os contextos são de encolha e de dificuldade e, nesse domínio, direi que a minha marca é a da combatividade para que a voz de Estremoz se ouça cada vez mais longe e com a ambição de termos futuro.

Estremoz tem razões para olhar para o futuro e sorrir?
Tenho muitas dúvidas sobre a nossa capacidade de nos fazermos ouvir nas decisões do país, mas espero que isso aconteça. Estremoz tem capacidade empreendedora, uma boa localização e acho que durante muitos anos ficámos fora da esfera de influência de quem governa e dos locais em que havia decisão. Espero que não fiquemos de fora novamente e que quem decide tenha a disponibilidade de ouvir, mas também quem está a representar Estremoz possa fazer ouvir a sua voz e tenha a capacidade de, no fundo, dizer que Estremoz também tem que ser levado em conta.

Jorge Manuel Pereira

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Voto nas pessoas!

Agora que as coisas a nível político já acalmaram mais um pouco está na altura de deixar um agradecimento muito especial às duas pessoas que me trataram “menos bem” na noite das eleições autárquicas!
Pode parecer estranho querer agradecer a esta gente por me ter tratado de forma incorrecta mas tudo tem uma explicação: dois indivíduos conseguiram identificar-me como apoiante de um partido ou movimento político, facto que até hoje eu próprio não tinha conseguido lograr.

Apesar de estar expectante em relação ao resultado das eleições, esta seria para mim mais uma noite de trabalho. Desta forma, antes da confirmação dos resultados aproveitei para passar pelas sedes de alguns partidos e movimento político para verificar como estavam os ânimos e para dar “dois dedos de conversa” com alguns amigos que se encontravam nestes locais. Como conheço pessoas em todas as facções partidárias não era de esperar ser mal recebido numa delas e ser conotado com um jornal e um partido aos quais não tenho nenhuma ligação.
Confesso que esta atitude me deixou um pouco transtornado ao ponto de ter que abandonar o local, mas o que ainda mais me aborreceu foi conseguir identificar que estes dois indivíduos se encontravam naquele sítio apenas por simpatia, ou seja, “foram atrás dos outros”.
Por ter estado durante cerca de uma dezena de anos nas fileiras do Exército sempre me afastei da política e nunca tive grande ligação com os partidos, até porque a profissão assim o obrigava. Depois de ter abandonado as fileiras essa ligação continua a não existir, pois prefiro “votar nas pessoas”, escolhendo o candidato que na minha opinião será o mais competente, em detrimento da cor política.
De todas as formas, como já referi, queria agradecer profundamente a estas duas pessoas que me tentaram ajudar na escolha do partido indicado para mim, mas lamento ter que as defraudar, pois as suas acções não deram “frutos”.
Por fim, e para não me alongar mais, deixo um conselho: não façam juízos de valor e não critiquem as pessoas que não conhecem!