sábado, 30 de maio de 2009

Outros como nós

À semelhança do que aconteceu há 15 dias, espera-se que o Teatro Bernardim Ribeiro apresente hoje, 30 de Maio, pelas 21h30, lotação esgotada durante a peça de teatro “Outros como nós” do Teatro Amador de Estremoz (TAE), com encenação de Teresa Lima.
Apresse-se a comprar o bilhete e não perca porque é uma “horinha” muito bem passada…
Não vai conseguir para de rir!!!
Retalhos, pedaços, fragmentos…bocados de vidas.
Como se as vidas se desenrolassem debaixo de uma tenda, que, intencionalmente, mais não é que a de um circo, neste espectáculo do TAE parte-se do princípio de que nessas (nestas) vidas não passamos de animalescas figuras que, tal como num circo, bem domados, vamos fazendo os números que esperam que façamos. Disso depende a recompensa.
As improvisações que fomos fazendo, ao longo dos vários meses de trabalho, ajudaram a rabiscar situações e personagens que, de tão fortes, acabaram por vir aqui parar. Depois, foi só agarrar em textos de António Lobo Antunes, Clara Ferreira Alves, Monty Phyton, entre outros, e construir este espectáculo que ziguezagueia por entre o ridículo, o cómico, o deprimente e o (dito) sério mas que acaba por voltar sempre ao mesmo: à animalidade que se nos colou desde que somos gente.
Os quadros sucedem-se. Os retratos fazem-se.. Mas nada de novo! São apenas retalhos, pedaços, fragmentos, bocados, cascas de nós. E de outros como nós.
José luís Matos

Manter viva a memória dos nossos ilustres!!!!

Estremoz é terra de encantos, terra de poetas, artesãos, pintores, etc., personalidades que se destacam (destacaram) nas mais diversas áreas e que levaram (levam) o bom nome da cidade a todos os cantos do país e do mundo.
Ora, como é do senso comum, o reconhecimento do trabalho e talento destes estremocenses (de nascença ou por adopção) chega, muitas vezes, depois de falecerem e em forma de placas colocadas nas fachadas das habitações onde residiram.
Até aqui tudo bem!!! A colocação destas placas é prática corrente em todo o país.
No entanto, é lamentável que o estado em que se encontram grande parte destes edifícios em nada dignifique a memória dos seus antigos habitantes.
É o caso da residência de Sebastião da Gama, ilustre professor da “Escola Industrial e Comercial” de Estremoz.
Como se não bastasse a degradação de todo o prédio, a placa há muito tempo que deixou de se conseguir ler e o que era antes uma cozinha serve agora de casa de banho, usada por todos os animais, de 2 e quatro patas, que por ali pernoitam.
Não tenho, também, muitas dúvidas que aquela residência serve para actos menos lícitos. Pelo menos, com tantos casos destes nunca teremos que nos preocupar em criar “salas de chuto”.




Inscrição da placa

BATEI À MINHA PORTA, IRMÃOS,
ENTRAI
QUE EU TENHO AMOR PARA VOS DAR…

SEBASTIÃO DA GAMA
VIVEU NESTA CASA
DE 11-5-1951 A 5-2-1952

sexta-feira, 29 de maio de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira


Férias na cabina de voto
O problema é que os cidadãos, na altura das eleições europeias, costumam fazer férias da democracia
Quando o Presidente da República apelou aos cidadãos para que não fossem de férias no fim--de-semana das eleições europeias, cheguei a pensar que, tomado pelo espírito europeu, Cavaco Silva estivesse a falar na qualidade de Presidente de outro país da União Europeia. No nosso, o pedido vai fazendo cada vez menos sentido: os desempregados, por definição, não têm férias; para os trabalhadores da Qimonda e da Auto-Europa, em princípio, a opção de tirar férias não será prudente; e os precários, os temporários e os endividados, provavelmente, não têm o desafogo financeiro que as férias, mais ou menos, requerem. O mais provável é que não haja assim tanta gente de férias no dia 7 de Junho. Infelizmente, também não é provável que haja muita gente a ir votar.
O problema é que os cidadãos, na altura das eleições europeias, costumam fazer férias da democracia. Quase seis milhões de pessoas votaram nas últimas legislativas, mas apenas cerca de três milhões foram às urnas nas últimas europeias. Ou as agências de viagens oferecem pacotes menos apelativos nos fins-de-semana das eleições nacionais, ou os portugueses não se interessam especialmente pelas eleições europeias - o que não deixa de ser uma atitude estranha. A opinião geral dos cidadãos sobre os políticos é má, pelo que não se compreende que desdenhem da oportunidade de mandar 24 deles lá para fora. Quando se esperava que houvesse longas filas à porta das secções de voto, os portugueses preferem ficar em casa. Vá lá uma pessoa compreender o eleitorado.
As eleições europeias começam, por isso, com dois incidentes políticos inquietantes: o primeiro, é o apelo absurdo do Presidente da República; o segundo foi a ausência de Paulo Portas da Feira do Queijo de Godim. No mesmo dia em que Cavaco pediu aos portugueses para não irem de férias, Portas anulou a ida à Feira do Queijo de Godim por, naquele dia, não haver queijo nem feira em Godim. Havia duas barracas de farturas e uma de algodão-doce, mas o presidente do CDS optou por não desenvolver, junto dos fritos e das guloseimas, uma campanha que estava programada para ser feita na presença de lacticínios. Esta é a segunda vez, num período de tempo razoavelmente curto, que o queijo faz uma desfeita a Paulo Portas: primeiro o limiano, agora o de Godim. É evidente que, mais do que se privarem de fazer férias, os portugueses devem obrigar-se a realizar feiras. Não há boas campanhas sem feiras, e uma campanha esclarecedora e informativa é o melhor contributo para que, no próximo dia 7, os cidadãos tenham todos os elementos necessários para, em consciência, se absterem de votar.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Caixas prioritárias para quem?

Talvez por estar mais sensível para a importância das caixas prioritárias, pelas razões que são do conhecimento geral, assisti a uma situação num dos supermercados de Estremoz que me revoltou profundamente. Outro dia, estava uma senhora grávida na fila de uma destas caixas e à frente tinha cinco pessoas, nenhuma delas era deficiente, estava grávida ou tinha bebés ao colo. Escusado será dizer que teve que esperar que estas individualidades todas se “aviassem” para conseguir pagar as compras.
Há, no entanto, dias em que tudo funciona como devia, desde pessoas que dão a sua vez até aos próprios funcionários que, mal percebem que existe uma grávida, a passam imediatamente à frente das restantes. Estas situações têm-me feito pensar na importância da existência destas caixas…
Serão realmente necessárias? Estarão a cumprir a sua missão? Ou o seu objectivo é cumprido dependendo do civismo dos consumidores e funcionários presentes?

A fome é negra...

terça-feira, 26 de maio de 2009

“Xaninha”, que futuro?

Todos nós ainda nos lembramos do famoso caso “Esmeralda”, acontecimento que fez correr muita tinta nos tribunais portugueses e que resultou na entrega da menina ao pai biológico depois de ter vivido desde os três meses de idade com o sargento Luís Gomes e sua mulher.
Esta triste história voltou a repetir-se…
Uma menina russa foi, há poucos dias, entregue à mãe biológica, uma mulher de nacionalidade russa com alegados problemas de alcoolismo e prostituição.
Este é mais um caso que está a agitar a opinião pública, principalmente agora que toda a gente assistiu à forma como esta criança foi recebida e, sobretudo, como é tratada. Nestas imagens observámos, ainda, as condições precárias em que esta criança está a viver.
Num país em que a corrupção não pára de aumentar, em que os criminosos são libertados pouco tempo depois de entrarem nos tribunais, faz-se prevalecer a lei, invocando-se os laços biológicos entre a progenitora e a menina, em detrimento dos interesses da criança que não tem qualquer hipótese de escolha.
Se em frente às câmaras a «Xaninha», como é tratada pela família que a acolheu durante cinco anos, levou umas valentes palmadas, imaginem o que esta mãe poderá fazer quando se apanhar sozinha com a criança.
Que futuro para esta criança?
A JUSTICA É CEGA e, mais uma vez, demonstrou isso mesmo !!!!

Veja o vídeo na barra lateral.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

domingo, 24 de maio de 2009

Perdeu as estribeiras!!!

Esta situação reportou-me para outra que aconteceu há já algum tempo entre Herman José e Lili Caneças. Na altura, esse acontecimento suscitou dúvidas na opinião pública acerca da veracidade daquela discussão. Terá sido tudo ensaiado pelo canal televisivo para fazer subir as audiências?
Desta vez acho que não resta espaço para qualquer tipo de dúvida. O Dr. Marinho Pinto perdeu mesmo as estribeiras e confrontou a jornalista Manuela Moura Guedes da forma como muitos já o desejariam ter feito.
Como uma “Má notícia é uma Boa notícia” estou convencido que esta desavença irá ser esgotada até ao limite pelos Órgãos de Comunicação Social.
Só é pena o “Zé Carlos” estar a fazer uma pausa!

Depois desta discussão toda, a parte final da entrevista é, no mínimo, hilariante:
Manuela Moura Guedes: “Muito obrigado por ter aqui estado”.
Marinho Pinto: “Muito obrigado Manuela Moura Guedes, tive muito gosto em estar aqui consigo”.

sábado, 23 de maio de 2009

Ajudar o próximo!!!

Hoje, dia 22 de Março, realizou-se no Teatro Bernardim Ribeiro a cerimónia de entrega dos prémios do concurso “A Bilha”.
Em traços muito gerais, este é um projecto que visa a decoração de bilhas em barro pelos diversos alunos das escolas que participaram nesta iniciativa, através da utilização de todo o tipo de materiais reutilizáveis.
Não menosprezando os outros vencedores, gostaria de salientar a atribuição do galardão “Distinção Especial”, do 2º escalão, a Milene Raimundo e Débora Cardoso, duas alunas invisuais da Escola E. B. 2, 3 Sebastião da Gama de Estremoz, momento que comoveu toda a assistência.
Este projecto tem tanto de especial como de inovador, pois é uma bilha decorada por e para invisuais.
Tenho vindo a acompanhar estas duas meninas desde há algum tempo, através de alguns artigos que o Brados do Alentejo tem publicado de actividades em que elas têm participado, e é visível o extraordinário empenho e dedicação que as professoras do Ensino Especial, Rute Mendes e Estefânia Barroso, têm demonstrado para que estas duas jovens consigam ultrapassar as dificuldades inerentes à sua deficiência e para que se sintam, cada vez mais, como adolescentes ditas “normais”.
Para além disso, as docentes têm desempenhado também um papel muito importante na sensibilização de toda uma comunidade escolar. Através de diversas acções, alunos e professores têm sido colocados à prova e desafiados a ultrapassar os obstáculos, aparentemente simples, que Milene Raimundo e Débora Cardoso têm que enfrentar diariamente.
Numa destas últimas iniciativas os seus colegas percorreram a escola de olhos vendados e no final afirmaram que pensavam “que era difícil ser cego, mas não tanto”. “Daqui para a frente vou arrumar as minhas coisas para que elas não tropecem”, disseram outros.
Enfim, descrever o trabalho realizado por Estefânia Barroso e Rute Mendes é difícil porque não existem palavras para o fazer.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Por aqui SFF...

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira


O primo Hugo e o primo Basílio
"Ele diz ter sido injustamente acusado de corrupção, e a sua vida transforma-se num pesadelo. Mas quando tudo parece perdido, um primo que foi aprender kung fu na China aparece para o salvar." A vida de José Sócrates parece um filme do Jackie Chan


"Ele diz ter sido injustamente acusado de corrupção, e a sua vida transforma-se num pesadelo. Mas quando tudo parece perdido, um primo que foi aprender kung fu na China aparece para o salvar." A vida de José Sócrates parece um filme do Jackie Chan. É frequente que as vidas de certos estadistas passem para a tela, mas é menos comum que apareçam transformadas num filme de porrada. Talvez seja pouco subtil representar o combate político através de um combate em sentido literal, mas a vida de José Sócrates parece encaixar muito bem no género das artes marciais. Dentro desses, os de Jackie Chan parecem-me mais fáceis de afeiçoar à vida do primeiro-ministro do que os de Bruce Lee, por exemplo. Estou longe de ser um especialista em filmes de artes marciais, mas tenho a sensação de que Bruce Lee é um herói quase perfeito, ao passo que Jackie Chan, possuindo também bastante talento para aleijar inimigos, é mais apalhaçado e trapalhão, à semelhança de Hugo Monteiro.
Talvez seja importante referir que o comportamento de Hugo Monteiro é, aliás, desrespeitoso para José Sócrates a vários níveis. Primeiro, tentou usar o nome dele para conseguir fechar um negócio. Depois, foi requalificar-se para a China, ignorando ostensivamente o programa Novas Oportunidades, através do qual poderia ter obtido formação no nosso país. Além disso, tenta salvar o primo dando uma entrevista na qual faz conjecturas que o desmentem. Sócrates garantiu várias vezes que não conhece Charles Smith; Hugo Monteiro acha que tiveram uma reunião juntos. O primo de Sócrates é a prova de que os chineses não podem nada contra nós: é possível submeter um português ao ensino das artes marciais, à meditação, ao contacto com a sabedoria e a sensatez orientais - mas ele continuará a ser sempre um tuga.
A entrevista de Hugo Monteiro acabou, por isso, por se revelar desastrosa. Eu não via um primo a perturbar tanto uma família desde o primo Basílio. O último veio de França flanar para cá; o primeiro foi de cá flanar para a China. Nenhum é especialmente dotado para os negócios, mas têm ambos à-vontade financeiro para dedicar uns meses largos ao adultério e ao kung fu. Um pratica uma actividade que eleva o espírito e esfalfa o corpo, mas o kung fu do primo Hugo também deve cansar.
O retiro chinês de Hugo Monteiro acabará por lhe ser útil: as lições de kung fu ser-lhe-ão certamente úteis quando, depois de chegar a Portugal, for ter com o primo primeiro-ministro para, como já prometeu que faria, lhe pedir desculpa. Hugo Monteiro conhece bem o primo. Sabe que não lhe adiantaria fugir dele, porque Sócrates treina a corrida várias vezes por semana. Ir aprender maratona para o Quénia não lhe teria servido de nada. A única solução é aprender kung fu na China e defender-se o melhor que puder quando o primeiro-ministro o apanhar.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

2º Passeio BTT Cidade de Estremoz

O “Sobe e Desce Team” irá realizar no próximo domingo, 24 de Maio, o 2º Passeio BTT Cidade de Estremoz. O passeio tem partida marcada para as 9h00 e conta com dois percursos: um de 20 quilómetros com um nível de dificuldade baixo e outro de 40 com um nível de dificuldade médio.
Neste momento já estão inscritos cerca de sete dezenas de atletas e espera-se que até amanhã, dia de encerramento das inscrições, o número de participantes aumente substancialmente.




quarta-feira, 20 de maio de 2009

7 anos depois

Comemora-se hoje, dia 20 Maio, o sétimo aniversário da Independência de Timor-Leste, momento que testemunhei na primeira pessoa.
Timor-leste, antiga colónia portuguesa desde o século XVI, esteve ocupada pelo Japão durante três anos, na altura da 2ª Grande Guerra Mundial. Em 1945, a Administração Portuguesa foi restaurada e seguiu-se um período de quase três décadas em que não se manifestaram movimentos independentistas. A 28 de Novembro de 1975, após uma breve guerra civil foi proclamada a República Democrática de Timor-Leste.
A 7 de Dezembro de 1975, Timor-Leste foi invadida pela Indonésia que a ocupou durante os 24 anos seguintes.
Depois de 24 anos de ocupação indonésia (1975-1999) e de três sob a administração da ONU (1999-2002), Timor-Leste, conseguiu finalmente a sua independência a 20 de Maio de 2002.
Cheguei à Terra do Sol Nascente dia 19 de Outubro de 2001, 37 horas depois de me ter despedido da minha família e amigos no Aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa.
Foi uma aventura cheia de peripécias que começaram ainda em Portugal. Como se explica a uma “mãe galinha” que vamos para um país que desconhecemos e que dista cerca de 13 mil quilómetros da terra que nos viu nascer?
Apenas com 24 anos, e com uma irreverência própria da idade, fiz as malas e, a uma semana do início da preparação, consegui convencer os meus pais, pois estava tão decidido a partir para esta aventura que perceberam que não havia volta a dar.
Passaram-se 4 meses de preparação e eis que chega o dia da partida, dia 17 de Outubro de 2001. Nunca mais me esqueço, estava um dia tão cinzento e triste como as faces dos familiares que se encontravam no aeroporto para se despedirem dos seus entes queridos, militares que só regressariam meses depois em férias.
A hora da despedida e a entrada para o avião são momentos que ficam para sempre gravados na memória destes militares e de tantos outros que partiram para missões no estrangeiro.
Acerca da própria missão e dos 8 meses que passei neste país voltarei a falar brevemente. Como podem entender, muita coisa se passou e não posso, nem consigo, restringir tantas recordações a um post.




terça-feira, 19 de maio de 2009

Falava de sexo em "termos inapropriados!

Ontem foi-nos dado a conhecer pela SIC um incidente que transtornou toda uma comunidade escolar e, porque não dizer, todo o país.

Uma docente foi acusada de falar de sexo nas aulas "em termos inapropriados" perante alunos de 12 e 13 anos de idade, tendo sido suspensa na sequência das queixas apresentadas por duas mães e após uma dessas aulas ter sido gravada por uma aluna.

Veja o VÍDEO com o som gravado por uma aluna:

Recauchutaram o Silva Lopes?


II Raid Hípico de Estremoz – Sabores do Campo

Como já tinha anunciado, decorreu no passado sábado, dia 16, o “II Raid Hípico de Estremoz – Sabores do Campo”.
Aqui vos deixo um pequeno vídeo com algumas imagens de momentos marcantes desta iniciativa.
Da minha parte gostaria de felicitar a “Paladares e Aventuras” e, pessoalmente, o Hugo Cortes e Ruben Rebola pela forma como decorreu o evento.

(Esta notícia será desenvolvida na próxima edição do jornal Brados do Alentejo)

domingo, 17 de maio de 2009

"Rápida intervenção das autoridades públicas"!

Tomei a liberdade de publicar como post principal um comentário remetido hoje pelo meu amigo António J. B. Ramalho em relação ao tema "Mais obstáculos!"

“Permitam-me que partilhe aqui convosco a minha opinião.Em muitos países (com destaque para a Inglaterra) o conceito de propriedade privada sempre foi levado muito a sério. Pessoa que fosse apanhada a devassar ou invadir tal propriedade seria, no mínimo, presa. Talvez por isso mesmo, em contrapartida, proprietário que se apropriasse ou obstruísse um caminho público também ia preso. Lá, caminho público significa mesmo "público".Face às condicionantes anteriores, resulta evidente que em tais países as pessoas que não e proprietárias apenas podem desfrutar dos prazeres do campo a partir dos caminhos públicos ou, se tiverem rendimentos suficientes para o efeito, aderindo a um country club, que mais não é que uma propriedade rústica comprada por um conjunto alargado de urbanos que franqueia (mediante franquia nada barata) o acesso ao mundo rural.
Em Portugal a tradição sempre foi diferente. Por propriedade privada apenas se entendia aquela que estava devidamente murada. No entanto, está a evoluir de forma acelerada no sentido anglo-saxónico do termo, facto que implicará necessariamente um intervenção das autoridades públicas no sentido de repor um novo equilíbrio que resulta da alteração do paradigma inicial.
Assim, em concreto e relação à Serra d’Ossa, há que averiguar se:
1. os caminhos agora obstruídos são públicos ou privados;
2. se mesmo sendo privados, se sobre eles recai algum ónus de servidão.
Em qualquer das duas situações anteriores, qualquer pessoa (mas terá mais impacto se forem muitas mais) poderá reclamar junto das autoridades públicas a respectiva desobstrução. Mais: os prevaricadores deverão ser condenados pelo seu comportamento abusivo e, para além disso, sobre eles devem recair todos os encargos decorrentes da desobstrução das vias.
Verificando-se que tais caminhos são efectivamente privados e que, por conseguinte, os proprietários tiveram legitimidade legal para fazerem o que fizeram, penso, ainda assim, que as autoridades públicas, com especial destaque para a autoridade municipal, deverá encetar diligências no sentido de (re)criar corredores ou trilhos – seja por expropriação, seja pela imposição de servidão pública – que permitam aos cidadãos desfrutar deste imenso património natural que é de todos nós. Importa ter presente que o potencial turístico, em especial na área do turismo da natureza e de aventura, ficará seriamente comprometido na ausência de tal intervenção. Tal acção poderá ter custos não negligenciáveis – nomeadamente os que decorrem de indemnizações ou da mera obrigatoriedade de vedar as propriedades afectadas por tal iniciativa – porém, sou da opinião de que os benefícios irão compensá-los largamente”.

sábado, 16 de maio de 2009

Há 25 anos no ar!

Parabéns à Rádio Despertar Voz de Estremoz pelos 25 anos a “dar-nos música”!


“Discutir Evoramonte”

Temos mais um blogue na blogosfera estremocense. Desta feita, intitula-se “Discutir Evoramonte” e é um espaço que se debruça sobre a vila de Evoramonte e suas gentes, apresentado alguns projectos e ideias muito interessantes que, na minha opinião, se devem ter em conta.
Cito:
“Este espaço de reflexão tem como objectivo levar os habitantes, empresários e políticos a celebrar, brevemente, um novo acordo histórico: a “Convenção para o Desenvolvimento XXI”.
Sabendo-se que a actividade agrícola aqui existente é pouco expressiva, que o comércio quase se resume à restauração e cafetaria e que nem uma zona oficinal existe para instalar os poucos empresários, resta-nos o património edificado e uma paisagem rural soberba para oferecer a quem nos visita.
Mas com a falta de iniciativa latente que se instalou em Evoramonte, quem nos visita vai passando e não fica, os nossos jovens saem para trabalhar e morar fora e quando os nossos idosos falecerem, as mercearias fecham e os cafés que agoram ainda mexem durante o dia, vão ficar desertos!”

Boas vindas!

Mais obstáculos!

Nos post anterior falei sobre um evento que vai decorrer na serra d´Ossa e lembrei-me de trazer para debate uma situação que nos deve preocupar a todos. Este tema não é, no entanto, novo neste blogue.
Um pouco por toda a serra d´Ossa e zonas limítrofes florescem obstáculos que impossibilitam a livre circulação de quem pretende desfrutar das magníficas paisagens que estas zonas têm para oferecer.
Para o betetista andar de bicicleta às costas não é novidade. Ter que transpor vedações, valas, ou pedregulhos é uma situação normal. Para os amantes do desporto motorizado é que a situação se complica. Há zonas onde já não passam.
Se a serra é uma zona muito requisitada pelos amantes de desportos radicais e que, porventura, acabam por comer e dormir na nossa cidade, corremos o risco de estes começarem a escolher outras paragens.
O outro ponto, e o mais preocupante, é a circulação de viaturas, ambulâncias e autotanques.
Se alguém, durante um passeio domingueiro, cair e se aleijar será impossível para as ambulâncias chegarem ao acidentado. Em caso de incêndio, e toda a gente se lembra ainda do último que deflagrou na serra e que colocou vidas em perigo, os bombeiros não poderão chegar a determinados locais e evitar que mais área arda. Por outro lado, em caso de fuga os "soldados da paz" poderão ficar encurralados.
É bom que esta situação seja revista antes que aconteça o pior…





sexta-feira, 15 de maio de 2009

II Raid Hípico de Estremoz

Amanhã realiza-se um evento que, de certeza, irá marcar o nosso calendário desportivo e trazer mais visitantes à nossa magnífica cidade.
Estou a falar da prova de resistência equestre, o “II Raid Hípico de Estremoz –Sabores do Campo”.
Esta prova internacional terá a sua vertente desportiva e competitiva, mas também lúdica, na qual todos os participantes poderão conhecer uma parte da cidade de Estremoz.
Deste modo, para dar uma maior visibilidade à modalidade, a prova terá início no emblemático Parque de Feiras e Exposições de Estremoz, passando pelo centro da cidade. Após esta passagem, o percurso segue para os tradicionais trilhos alentejanos com a passagem obrigatória pela magnífica Serra d`Ossa.
A partida do parque de feiras está marcada para as 10h00 e as inspecções veterinárias começarão pelas 7h00.

O "Desalinhados" está de volta!

Um dos blogues que mais controvérsia gerou, durante o final do ano passado, na blogosfera estremocense está de volta…
Boas vindas!

http://desalinhados2009.blogspot.com/

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira


Recentrar a questão do Bloco Central
A ideia de que o Bloco Central é uma solução sensata, por oposição às propostas irrealizáveis dos partidos dos extremos, dá vontade de rir: pois, pois, o comunismo é utópico, mas a coabitação leal e pacífica de Sócrates e Ferreira Leite é simples bom senso. Está bem. Contem-me outra


Desejar um governo de Bloco Central é como ser do Benfica e do Sporting. Trata-se de uma aberração política que merece, evidentemente, o mais profundo desdém. Ou, no caso da comunicação social, a mais elevada atenção, mesmo que a proposta não passe de uma fantasia que ninguém leva especialmente a sério. O destaque que os media têm dado à hipótese de constituição do Bloco Central é o equivalente jornalístico da actividade daqueles cães que correm um quilómetro seguido a ladrar a um pneu. É possível, no entanto, que os cães se atirem às rodas com um pouco mais de argúcia. O que acabo de expor é uma das razões que me levam a pretender recentrar a questão do Bloco Central. A outra razão é o encanto que reside no acto de recentrar. Já se recentrou mais na política portuguesa. Recentravam-se, sobretudo, debates. Em determinado ponto de uma discussão, um dos intervenientes manifestava a intenção de recentrar o debate. Essa atitude dizia tanto sobre o debate como sobre o interveniente: sobre o debate, mostrava que, devido à acção dos outros participantes, se tinha descentrado; sobre o interveniente recentrador, revelava que tinha não só o discernimento de perceber a descentralização actual do debate, como a capacidade de o recentrar devidamente. A recentralização do problema do Bloco Central passa pela explicação da impossibilidade do Bloco Central. Uma tarefa, apesar de tudo, fácil: o leitor que conte os casos de militantes que trocaram o PCP pelo PS, e de militantes do CDS que se juntaram ao PSD. São inúmeros. Mas são muito mais raros aqueles que trocaram o PSD pelo PS e vice-versa: de facto, são os partidos mais distantes um do outro, justamente porque acabam por estar no mesmo sítio. Não faz sentido trocar um pelo outro. É como trocar o nosso carro por um exactamente igual, com o mesmo número de quilómetros e o mesmo barulho na panela de escape. É evidente que aquela gente não se pode ver. Eles têm exactamente a mesma visão do País e as mesmas soluções. A razão pela qual uns são poder e os outros oposição é realmente incompreensível, e eles revezam-se a invejarem-se e a lamentar a própria sorte. A ideia de que o Bloco Central é uma solução sensata, por oposição às propostas irrealizáveis dos partidos dos extremos, dá vontade de rir: pois, pois, o comunismo é utópico, mas a coabitação leal e pacífica de Sócrates e Ferreira Leite é simples bom senso. Está bem. Contem-me outra. Mais depressa faz sentido, portanto, um governo de Bloco Lateral. PCP e CDS unidos num executivo coeso, que pugnasse pelas melhores condições para os trabalhadores e também pelo máximo de direitos para os patrões. Ora aqui está uma ideia com valor. Vejam como, escassos minutos depois de recentrar o problema, a solução se apresenta.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Boneco

Brados do Alentejo 491
25 de Fevereiro de 2000
Mostra…
Uma série de sinais de trânsito – necessariamente necessários – mas que “tampam” o Monumento do Mármore.
Não haverá outra solução?
HOJE

O “boneco”, rubrica muito aclamada pelos visitantes deste blogue, está de volta. Os próximos “bonecos” serão publicados de forma contínua, mesmo que não sejam passíveis de comparação.
Neste caso, o problema ainda persiste e encontrar uma solução não será muito fácil. Ao retirar deste local os sinais estaremos a privar as pessoas de informação necessária, ou seja, “é pior a emenda que o soneto”, mas quando o homem quer tudo se faz!

Caminhada

Foi-me solicitada a divulgação de mais uma excelente iniciativa a nível local e, assim, aqui fica!
A não perder!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

7ª Feira Medieval em Avis

No fim-de-semana passado, 8,9 e 10 de Maio, realizou-se mais uma edição da Feira Medieval em Avis, a sétima, que contou com uma enorme afluência de visitantes à vila quatrocentista.
Em pleno Centro Histórico, artesãos circularam nas ruas entre Muralhas transportando os mais variados produtos para abastecer todo o espaço do mercado em locais improvisados de venda. Foi no Largo do Convento que o bulício dos feirantes e almocreves, saltimbancos e histriões, malabaristas, bailarinas, jograis, músicos e actores, lutadores, nobres e mendigos, taberneiros, faquires, encantadores de serpentes, hereges e malfeitores, recriaram o ambiente da Feira de tempos de outrora.
Assisti a esta iniciativa ontem à tarde e fiquei perplexo com o número de visitantes que ocorrem a esta feira, sendo, por vezes, até difícil de ver os espectáculos que decorrem nas ruas.
Depois de Fronteira, agora Avis… Para quando um evento deste género em Estremoz? Se existe um centro histórico com condições para o realizar é na nossa cidade…











Venha a nós o vosso reino...

domingo, 10 de maio de 2009

Grande espectáculo, grande noite, mas pouca assistência!

Apesar de tanta publicidade e apelos por parte da Câmara Municipal de Estremoz, contínua a ser difícil levar os estremocenses a assistirem a espectáculos no magnífico Teatro Bernardim Ribeiro.
O concerto desta noite, The Lucky Duckies, merecia muito mais que uma plateia “meio vazia”. Apesar do pouco público, os artistas corresponderam às elevadas expectativas da assistência que respondeu de forma entusiasta. Foi, na minha opinião, um espectáculo digno de grandes palcos e é pena que pouco mais de três dezenas de pessoas tenham aderido a esta iniciativa.

sábado, 9 de maio de 2009

Melhor que os saldos!

Além de serem depósitos de resíduos sólidos, os contentores do lixo têm para oferecer, ainda, uma vasta gama de produtos a preços muito acessíveis (de borla). Nestes locais podemos encontrar electrodomésticos, colchões e mobília diversa. Ora vejamos...