sábado, 29 de agosto de 2009

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira

A fixação proibida
O cartaz do PS é uma reprodução da bandeira nacional, mas com senhoras verdes à esquerda, senhoras vermelhas à direita, e José Sócrates no lugar da esfera armilar

A afixação de cartazes é um dos momentos mais interessantes da disputa política: gente que, em geral, não tem bom aspecto, procura convencer os cidadãos, exibindo uma fotografia sua. Os primeiros cartazes desta campanha devem merecer, por isso, uma análise cuidada. Enquanto esperamos que alguém a faça, o leitor pode sempre entreter-se com a minha.

O cartaz do PS é uma reprodução da bandeira nacional, mas com senhoras verdes à esquerda, senhoras vermelhas à direita, e José Sócrates no lugar da esfera armilar. É possível que as senhoras verdes estejam verdes de fome, e as senhoras vermelhas estejam vermelhas de irritação por estarem desempregadas. Mas tanto as senhoras verdes como as senhoras vermelhas olham para o primeiro-ministro com benevolência, o que leva a acreditar que se trata de uma fotomontagem. Na testa de uma das senhoras vermelhas está o slogan: "Avançar Portugal". Uma agramaticalidade que pode ser mais um efeito da insatisfação social: tendo em conta o estado a que chegou a relação entre o Governo e os professores, é natural que não tenha havido ninguém a avisar o PS de que "Avançar Portugal" não é das frases mais escorreitas que já foram escritas no nosso idioma.

Em contraponto, os cartazes do PSD apresentam desde logo uma vantagem cromática: são os únicos que incluem uma senhora que não está verde nem vermelha. Manuela Ferreira Leite aparece com a sua cor natural ao lado de frases que o PSD recolheu junto daquela entidade a que antigamente se chamava "povo" e a que hoje se chama "pessoas". Antes das frases, para que não haja dúvidas sobre a sua autoria, diz: "Ouvimos os Portugueses", assim mesmo, com maiúscula. O PSD, à semelhança do que sucede com os outros partidos, aproveita a campanha para ouvir os portugueses, e faz questão de os escutar com particular atenção agora, uma vez que vai passar os próximos cinco anos a ignorá-los. Há um tempo para tudo.

O cartaz do PCP contém a palavra "Mudança" (change, em inglês), e a frase "Sim, podemos ter uma vida melhor" (em inglês, "Yes, we can", etc.). Onde é que eu já ouvi isto? Não me lembro, mas parece-me que a fotografia do cartaz mostra um Jerónimo de Sousa bastante mais bronzeado do que é costume. A campanha dos comunistas portugueses usa os mesmos lemas que a campanha do chefe do imperialismo americano, facto que mais uma vez me obriga a constatar que não percebo nada de política.

O cartaz mais arriscado é o do CDS. Ao lado da fotografia de Paulo Portas aparece a frase "Há cada vez mais pessoas a pensarem como nós". "Sim, mas são todos sócios da Autocoope", dirão os cínicos que sistematicamente identificam o discurso do CDS com o dos taxistas. O certo é que a mensagem do cartaz é arriscada na medida em que, para chegar à conclusão de que há cada vez mais pessoas a pensar como o CDS, os democratas-cristãos tiveram forçosamente que fazer uma sondagem. Ora, os democratas-cristãos têm-nos dito com muita insistência que não devemos fiar-nos nas sondagens. Que fazer? Eis um cartaz que estimula o pensamento político mas também o filosófico.

Quanto ao Bloco, que eu tenha visto, não tem ainda novos cartazes com as suas principais caras. O Bloco tem, evidentemente, caras para pôr em cartazes, mas talvez não saiba ainda quais dessas caras vão estar nos cartazes do PS. Há que esperar e ver quem sobra.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Má Língua ou falta de liberdade?


Depois de diversas intimidações e ameaças, segundo referiu o autor do blogue, será o fim do “Estremoz da Má Língua”?
Neste momento, quem tentar aceder ao blogue será direccionado para o site da Polícia Judiciária. Brincadeira?
De certo modo, os estremocenses já se habituaram ao curto período de vida que têm grande parte dos blogues que proliferam na blogosfera estremocense, alguns com muita qualidade.
O que poderá levar alguns destes espaços à extinção?
Será a falta de democracia e de liberdade de expressão da blogosfera estremocense ou, por outro lado, o uso e abuso dessa mesma liberdade (anónimos)?
Blogues como o “Discutir Evoramonte”, “Desalinhados”, “Estremoz da Má Língua”, entre outros, são alguns destes espaços que tiveram uma existência demasiado curta.


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

FESTIVAL TRADISONS 09

A Associação Cultural F.I.C.A., com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz, da Junta de Freguesia de Santa Maria, e do Até Jazz Café, organiza, em Estremoz, dias 27, 28 e 29 de Agosto, a 4ª edição do Festival TradiSons, através do qual, pretende promover as artes que têm a sua raiz na cultura tradicional/ popular portuguesa mas que, em simultâneo, procuram uma ligação com a contemporaneidade e as tendências artísticas da actualidade. Em 2009, o Festival assume o cartaz mais diversificado até à data, contando com espectáculos de música, danças, audiovisuais, contos, teatro, workshop e exposições, todos com entrada livre.

Seja bem-vindo(a), prometemos surpreendê-lo(a)!


27 Agosto [quinta]

MEMORIAMEDIA de José Barbieri - documentário - 21h30 - Casa de Estremoz
José Barbieri apresenta o projecto “MEMORIAMEDIA e-Museu de Património Imaterial”, o qual se concretiza na recolha e difusão da literatura tradicional/ oral/ popular e de todas as formas de manifestação desta cultura – tradicionais e contemporâneas – enquanto parte do património imaterial, nacional e universal da humanidade. O projecto fundamenta-se na urgente necessidade de identificar, registar, preservar e divulgar um património que está em risco de se perder: os contos, as lendas, os provérbios, as lenga-lengas, o “saber-fazer” de antigos artesãos, etc., constituindo, esta operação, um veículo de afirmação da identidade e de aproximação das populações. www.memoriamedia.net

ASSIM MORREU UMA DESGRAÇADA - contos cantados - 22h30 - Casa de Estremoz
Histórias que não têm onde cair mortas. Histórias de amor, ciúme e traição. Histórias de sangue, faca e alguidar. Histórias cantadas de homens e mulheres caídos em desgraça, é a proposta apresentada por Jorge Paulino (voz, guitarra) e Pedro Gomes (ilustrações) através do espectáculo “Assim Morreu Uma Desgraçada”, projecto da Associação Cultural FICA dedicado à recuperação dos contos, rimances e lenga-lengas da tradição portuguesa. http://desgracadaonline.blogspot.com


LUÍS CARMELO - sessão de contos - 23h00 - Casa de Estremoz
Luís Correia Carmelo desenvolve, desde 2001, trabalho como produtor, criador e actor na Trimagisto, cooperativa que funda em Évora. Em 2003 começa a trabalhar como contador de histórias, sendo presença regular em diversos festivais de narração oral em Portugal e no estrangeiro. Em 2005 dá início ao projecto de mediação da leitura conTApetes, sendo também co-responsável pelos Contos de Lua Cheia e pelo Encontro Internacional de Narração Oral. O seu repertório é marcado por narrativas tradicionais, privilegiando lendas e mitos, reescritos para os espectáculos “Histórias de Família” e “Mulheres que Correm com os Lobos”. www.trimagisto.com


28 Agosto [sexta]

B FACHADA, TRADIÇÃO ORAL CONTEMPORÂNEA de Tiago Pereira - documentário - 21h30 - Casa de Estremoz
Tiago Pereira e B Fachada apresentam Tradição Oral Contemporânea, documentário de 2008. Num impulso construtivo de análise do processo de tradicionalização, um documentarista do tradicional, Tiago Pereira, convida o músico B Fachada, à auto-reflexão em torno das noções de autoria e criação. É este o ponto de partida. Os dois viajam a um centro da tradição oral por excelência com o propósito de cruzar o processo estético urbano do músico com a criação comunitária rural. www.myspace.com/tiagopereirafilm

MANDRAGORA OFFICINARUM por Tiago Pereira - vídeo/performance - 22h30 - Casa de Estremoz
Mandragora Officinarum, do realizador e visualista Tiago Pereira, é uma performance vídeo-narrativa que funde som e imagem através da manipulação de vídeo em tempo-real. O projecto explora ideias de religiosidade, xamanismo e medicina popular, conceitos que se enquadram entre áreas do conhecimento como a etnologia das religiões, a etno-história, a etno-linguística e a etno-botãnica, de modo a produzir uma reflexão sobre o património pouco explorado artisticamente e os conceitos culturais de tradição e modernidade. Criado a partir do género de documentário e fundindo sobretudo, música electrónica portuguesa, Mandrake, é expressão de um pensamento narrativo em camadas que explora de forma pioneira, uma experiência pós-cinemática única. Isto é, através de ferramentas digitais de VJing, distribui-se o conteúdo visual por 3 ecrãs que trazem à superfície de projecção múltiplos layers e combinações de imagem. Às projecções junta-se uma malha sonora que, trabalhada ao vivo, produz múltiplas interpretações e narrativas. Mandrake entende a tradição como um conceito dinâmico e sofisticado. Pretende gerar novas correntes de pensamento criativo. Multiplicar conteúdos que geram novas e improváveis contradições. Incidir sobre singularidades culturais contemporâneas e ampliar o arquivo de um património quase extinto. Modificar-se e produzir, de cada vez, uma experiência inteiramente nova, tanto quanto inovadora. http://avmandrake.blogspot.com

B FACHADA - concerto - 23h30 - Casa de Estremoz
B Fachada é um instrumentista e letrista virtuoso, do piano à guitarra, passando pela viola braguesa e pelo trompete vocal. Depois de quatro EP’s (Até Toboso; B Sings the Lusitanian Blues; Mini CD - Produzido por Walter Benjamin; Viola Braguesa) edita, em Abril de 2009, o primeiro album, “Um Fim de Semana no Pónei Dourado”, pela FlorCaveira. Nas palavras do próprio, “inventei para mim a folque muito erudita - ora epigramática, ora lírica, ora épica, ora romancística, ora essa, ora a outra - propondo ao público geral que partilhe uma Odisseia, mais de Circes que de Penélopes”. www.myspace.com/bfachada


29 Agosto [sábado]

OFICINA DE DANÇAS EUROPEIAS por Rita Duarte - workshop - 17h00 - Casa de Estremoz
Oficina de danças tradicionais orientada por Rita Duarte, coordenadora de danças do grupo T2 – Trad Duo, que culminará com a aplicação prática dessas danças no baile tradicional, a realizar no dia 29 de Agosto, pelas 23h30, frente à Casa de Estremoz. A participação é gratuita, bastando que nos faça chegar a intenção de efectuar a inscrição através do e-mail ficaonline@gmail.com, ou comparecer no local. Actividade limitada a 20 participantes.


MÃOS QUENTES, CORAÇÕES FRIOS, AMORES VADIOS - exposição colectiva - 18h30 - Até Jazz Café - inauguração
Exposição colectiva, em torno de cinco expressões artísticas muito particulares. Mãos Quentes, Corações Frios, Amores Vadios integra trabalhos de Anabela Sousa (pintura), Artur Vicente (pintura), Inês Martins (pintura), Mário Matos (escultura) e Rui Caiado Baptista (fotografia), podendo ser apreciados na Casa de Estremoz (escultura), no Até Jazz Café (pintura) e no claustro do Convento das Maltezas (fotografia) entre 29 de Agosto e 25 de Setembro de 2009.

D. BARÃO por Teatro Amador de Estremoz - teatro - 21h30 - Casa de Estremoz
O Teatro Amador de Estremoz (TAE), criado em 2007, através da Casa da Cultura de Estremoz, com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz, faz a sua primeira apresentação pública em Maio de 2009 com a peça, “Outros Como Nós”, encenada por Teresa Lima, após a realização de um curso de iniciação teatral, coordenado, também, por Teresa Lima. “D. Barão” parte de um desafio proposto pela Associação Cultural F.I.C.A., para a encenação de um romance trágico-cómico da tradição oral portuguesa, propositadamente para o Festival TradiSons, resultando numa encenação colectiva, sendo o elenco constituído por José Miguel Serrano, Susana Guerreiro, Conceição Pires, Maria José Fortio e Teresa Alves.

T2/TRAD DUO baile tradicional - 22h00 - frente à Casa de Estremoz
O grupo T2 – Trad Duo é constituído por Zé Oliveira (concertina), multi-instrumentista autodidacta, fundador do grupo Alfa Arroba em 2006, e por Marcos Alves (percussão), baterista e percussionista em grupos como Cool Hipnoise, Cassique 97, Tcheka, Alfa Arroba, entre outros. Em Estremoz, apresentam músicas para danças tradicionais portuguesas e do mundo. Danças simples a pares, em trios, em roda, em cadeia... Danças que serão orientadas por Rita Duarte, monitora de danças desde 2005, integra os grupos Dançarilhos e AlfaArroba, sendo também professora de baile galego no Centro Galego de Lisboa. Todos os ouvintes são convidados a participar e a entrar no convívio. Vai uma dança? www.myspace.com/alfaarroba

A RUSGA - concerto/dj set - 23h30 - Até Jazz Café
A Rusga tem como ponto de partida as recolhas de música tradicional portuguesa efectuadas por Michel Giacometti, entre outros, ao longo do século XX. Ao trazer para o presente as canções, sons e imagens de um país que hoje quase não existe, Rosália Cardenha (voz), Carmen Vidal (voz) e Jorge Paulino (programações e guitarra), pretendem trazer para os nossos dias uma pequena parte da memória cultural portuguesa, apresentando-a de forma a estabelecer uma possível ligação com a actualidade. http://arusgaonline.blogspot.com

http://tradisons.blogspot.com/

Boneco

O “boneco”, uma das rubricas mais aclamadas pelos visitantes do Estremoz “Revisited”, está de volta. Como já tinha referido, irei proceder à publicação seguida dos “bonecos”, mesmo daqueles que não são passíveis de comparação, como acontece com o que se segue.
Desta forma e em vésperas de eleições autárquicas, não haverá margem para segundas interpretações e de poder estar a favorecer “este” ou “aquele”.


Brados do Alentejo 492
10 de Março de 2000


Mostra…
Animais mortos deixados clandestinamente na lixeira de Estremoz.
Apenas falta de respeito pelo ambiente e saúde pública ou manigâncias e interesses camuflados por detrás de um acto que mais uma vez se repete?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Boletim do RC3

Apesar de ter abandonado a carreira militar há mais de dois anos, é com agrado e, sobretudo, orgulho que continuo a colaborar com Regimento de Cavalaria 3 em algumas das suas actividades, nomeadamente na elaboração do Boletim do RC3.
Esta publicação é de periodicidade semestral, de distribuição gratuita, e constitui o relato das actividades desta Unidade Militar que se prepara para celebrar o seu 302º aniversário e que muito tem contribuído para o desenvolvimento da cidade de Estremoz.
O boletim conta, ainda, com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz, Delta Cafés e jornal Brados do Alentejo e é distribuído pelas Unidades Militares de todo o país e junto das instituições do nosso concelho.
Deixo-vos a capa e “costas” da última edição.



sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Festas do Crato 2009

Como sei que este é um dos eventos que, sobretudo, pela qualidade dos espectáculos atrai muitos estremocenses e visitantes deste blogue, deixo-vos o cartaz e o programa das Festas do Crato 2009, iniciativa que conta, mais uma vez, com artistas de renome.
O evento começa na próxima terça-feira (25) e termina no sábado (29) e promete atrair à vila do Crato milhares de visitantes.

Ana Free, Rui Veloso, Abba Platinnium, Orishas, Emir Kusturika, Reamon... alguns dos artistas que irão subir ao palco nas festas do Crato 2009, de 25 a 29 de Agosto.

PROGRAMA:
TERÇA (25)
19.30 - Inauguração (Contra Danças de Alpalhão e Coro Odemira)
19.45 - Filarmónica do Crato
21.45 - Azeitonas
23.00 - Rui veloso
01.00 - Dj

QUARTA (26)
19.30 - One Love family
21.15 - ABBA Platinnium
23.00 - martinho da Vila e Alcione
01.00 - Dj

QUINTA (27)
19.30 - Just Girls
21.00 - Pólo Norte, Lúcia Moniz, e Miguel Angelo
22.15 - The Animals
23.45 - Orishas
01.00 - Dj

SEXTA (28)
19.30- Vintém
20.45 - JP Simões
21.15 - Susana Félix, Sérgio Godinho e António Eustáquio
23.00 - Emir Kusturica
01.00 - Dj

SÀBADO (29)
19.30 - Angélico
21.00 - The Gift
23.00 - Reammon
01.00 - Dj

Para quem for de perto, E LONGE, aproveite!!!!!

Blogue da Sociedade Filarmónica Veirense

A blogosfera estremocense está cada vez mais rica. Desta feita, chegou ao “Estremoz Revisited” mais um pedido de divulgação de um novo espaço, o blogue da Sociedade Filarmónica Veirense.
Este, com uma vertente cultural, tem como principal objectivo a divulgação das actividades da sociedade filarmónica e da magnífica vila de Veiros.
Desejo-vos as boas vindas e boa continuação.


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira



Nunca é tarde para aprender a lavar as mãos
Estamos perante um compêndio da higiene manual e digital, uma bíblia da desinfecção do carpo e metacarpo

A tão negligenciada literatura de casa de banho acaba de obter o significativo patrocínio do Estado. O recente panfleto que a Direcção-Geral de Saúde espalhou por todas as casas de banho públicas do País é, antes de tudo, inquietante - como toda a boa literatura deve ser. Intitulado "Como lavar as mãos?", o texto começa por ser magistral no modo como manipula a arrogância do leitor para, em primeiro lugar, provocar o riso. Um riso que depressa se torna amargo: em poucos segundos, o mesmo leitor que intimamente escarneceu da intenção de quem se propunha ensinar-lhe insignificâncias é tomado pelo assombro de verificar que nunca, em toda a vida, teve as mãos verdadeiramente lavadas. O panfleto apresenta um plano de lavagem das mãos em 12 (doze) passos, incluindo manobras de esterilização com as quais o cidadão médio jamais terá sonhado. Não haja dúvidas: estamos perante um compêndio da higiene manual e digital, uma bíblia da desinfecção do carpo e metacarpo. Este detalhado e rigoroso guia não deixa nem uma falangeta por purificar. Mas - e isto é que é terrível -, ao mesmo tempo que o faz, esfrega-nos na cara a nossa imundície passada e presente.

Ao primeiro passo da boa lavagem de mãos é atribuído, misteriosamente, o número zero: "Molhe as mãos com água." Trata-se, é claro, de um momento propedêutico em relação à lavagem propriamente dita, mas não deixa de ser surpreendente que a Direcção-Geral de Saúde não lhe reconheça dignidade suficiente para lhe atribuir um número natural. O passo número um vem então a ser o seguinte: "Aplique sabão para cobrir todas as superfícies das mãos." É aqui que começa a vergonha. Quem sempre ensaboou não deixará de sentir a humilhação de nunca ter aplicado sabão. A instrução encontra na linguística um cruel elemento diferenciador do grau de asseio: quem sabe lavar-se aplica sabão; os porcos ensaboam-se. Porcos esses que, como é óbvio, olham pela primeira vez para as mãos como extremidades dotadas de uma pluralidade de superfícies.

No passo número dois ("Esfregue as palmas das mãos, uma na outra", recomendação acompanhada de um desenho em que duas mãos se esfregam em movimentos circulares contrários ao movimento dos ponteiros do relógio), quem sempre esfregou no sentido inverso, como é o meu caso, sente que desperdiçou uma vida inteira de higiene pessoal. Os passos seguintes fazem o mesmo, embora em menor grau: em terceiro lugar há que "esfregar a palma da mão direita no dorso da esquerda, com os dedos entrelaçados, e vice-versa"; o quarto passo apela a que se esfregue "palma com palma com os dedos entrelaçados"; e o quinto passo aconselha uma fricção da "parte de trás dos dedos nas palmas opostas com os dedos entrelaçados". Bem ou mal, com os dedos mais ou menos entrelaçados, estes passos descrevem esfregas que estão ao alcance da imaginação de qualquer pessoa. A partir daqui, o caso piora de novo. O passo seis determina que se "esfregue o polegar esquerdo em sentido rotativo, entrelaçado na palma direita e vice-versa", em movimentos semelhantes aos que se fazem quando se acelera numa motorizada, e o passo sete recomenda que se "esfregue rotativamente para trás e para a frente os dedos da mão direita na palma da mão esquerda e vice-versa". O cuidado posto nestes preceitos amesquinha quem até aqui se limitava a esfregar as mãos uma na outra, descurando, por exemplo, o papel que os dedos devem desempenhar, e logo rotativamente, na higiene.

Enxaguar as mãos é o passo oito. Secar as mãos com toalhete descartável, o passo nove. Mas o passo dez volta a revelar que o processo é complexo: "Utilize o toalhete para fechar a torneira, se esta for de comando manual." A torneira deve, por isso, continuar a correr durante todo o passo nove, provavelmente para prevenir eventuais emergências de enxaguamento, sendo fechada apenas no passo dez. O décimo primeiro passo é o mais interessante: "Agora as suas mãos estão limpas e seguras." A contemplação da limpeza e segurança das mãos constitui, portanto, um passo autónomo neste processo de lavagem manual. No fim da lavagem, falta apenas, com as mãos impecavelmente limpas (e seguras), sair da casa de banho abrindo a porta em que toda a gente mexeu. E, creio, voltar atrás para repetir o processo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira



Um Falstaff íntegro (e magro)
Solnado era uma criança sensata, como Falstaff, o herói cómico de Shakespeare, mas sem os seus pavorosos defeitos ­ o que, humoristicamente, era uma desvantagem para Solnado. É muito mais difícil ter graça quando os defeitos não estão à vista e as qualidades são tão evidentes

A morte é certa, mas a morte de um grande humorista é a mais certa de todas. Um grande humorista percebe a morte melhor do que os outros ­ e é por isso, aliás, que dedica a vida inteira a escarnecê-la. O riso é o grande fracasso da repressão, disse alguém que hoje mereceria mais do que o anonimato ­ e é a grande vitória (a única possível) da vida.
Raul Solnado dizia muitas vezes que fazer rir, ou é fácil ou é impossível. A frase é, parece-me, de Woody Allen, e é fulgurantemente verdadeira. Haverá poucas coisas menos engraçadas do que alguém que se esforça para ter graça.

A atitude humorística de Raul Solnado assentava exactamente nessa ausência de esforço. Antes de abrir a boca, Solnado já tinha graça: é divertido que alguém que ama tão profundamente o riso decida simular a maior displicência perante ele. O intérprete Solnado não só está completamente desinteressado da tarefa de fazer rir os outros como parece nem perceber de que é que eles se riem. Não é só um palhaço que não quer fazer palhaçadas, é um palhaço que está relutante em admitir que é um palhaço. De facto, o que surpreende em Raul Solnado não é que um humorista vindo do teatro de revista pudesse ter êxito a fazer um tipo sofisticado de humor absurdo ­ o que é notável é que um humorista cujo estilo era contido e preciso tenha alguma vez tido sucesso no teatro de revista. O cómico cujo estilo estava mais distante do gosto popular foi aquele que obteve um sucesso mais abrangente, o que é espantoso.
A revista teve muitos outros grandes actores, mas nenhum terá sido capaz da mesma versatilidade. Ivone Silva, por exemplo, era uma actriz de revista brilhante. Mas ninguém consegue imaginar Ivone Silva a interpretar o texto da guerra. É, aliás, significativo que Solnado tivesse adoptado como divisa uma ideia de Woody Allen. Allen e Solnado são, na verdade, humoristas aparentados de mais do que uma maneira. A gaguez e a aparência física constituem, em ambos, instrumentos da sedução (da sedução humorística e da outra), e os monólogos de Solnado são o equivalente português das histórias que compõem os números de stand-up comedy de Woody Allen.

Solnado era uma criança sensata, como Falstaff, o herói cómico de Shakespeare, mas sem os seus pavorosos defeitos ­ o que, humoristicamente, era uma desvantagem para Solnado. É muito mais difícil ter graça quando os defeitos não estão à vista e as qualidades são tão evidentes. A ternura não tem piada. A generosidade também não.
E, no entanto, Solnado era terno e generoso. Há várias comédias famosas sobre avarentos, misantropos e hipocondríacos, mas não muitas sobre o tipo de pessoa que se percebia que Solnado era. Conseguir ser humorista apesar daquelas virtudes é mais do que problemático: é quase uma falta de ética.

Philip Larkin escreveu que a coragem não isenta ninguém da sepultura: a morte não é diferente para os que a temem ou para os que a enfrentam. Certo. Mas a vida é. A vida é mais vida para quem se ri da morte do que para quem a teme. Raul Solnado viveu bem. E, por causa dele, todos vivemos melhor.


http://aeiou.visao.pt/um-falstaff-integro-e-magro=f525534

MINISTRA DA EDUCAÇÃO NA ESCOLA SECUNDÁRIA DE ESTREMOZ

A Escola Secundária Rainha Santa Isabel (ESRSI), de Estremoz, recebeu ontem, dia 18 de Agosto, a visita da Senhora Ministra da Educação: Maria de Lurdes Rodrigues.

Esta visita foi agendada com o objectivo de analisar o ponto da situação das obras de requalificação e ampliação, agora iniciadas, naquela escola.

José Carlos Salema, Director da ESRSI, refere que o prazo estimado para a conclusão da obra é de 18 meses; que as aulas vão decorrer com a normalidade possível e que estão disponíveis para encontrar as soluções necessárias aos imprevistos que possam vir a surgir.

O Presidente da Câmara Municipal observou que: “ é na qualidade, na oferta, na atractividade das escolas que está o futuro da população”, portanto considera fundamentais intervenções qualificadoras nas nossas escolas. A política educativa do executivo passa por uma aposta estruturante no parque escolar, a curto e a longo prazo. O facto do parque escolar do Concelho estar a ganhar novas características, marca Estremoz como pólo regional de Educação.

A Senhora Ministra da Educação constatou que tudo está a decorrer dentro do planeamento previsto. Refere que neste momento estão em obra à volta de 100 escolas por todo o país, mas que o início do ano lectivo está assegurado de acordo com as exigências e requisitos para o efeito.



Estremoz Da Má Língua


Nasceu mais um blogue na blogosfera estremocense, o “Estremoz Da Má Língua”. Em vésperas de eleições autárquicas, este espaço promete “agitar as águas” (já está a agitar) e, segundo o seu autor, tem como principal objectivo dar palco “à má língua dos estremocenses”.
Trata-se de um blogue anónimo e, numa breve análise, podemos verificar que o autor tem preferência pela abordagem de temas como o panorama político estremocense, tecendo duras críticas aos seus principais intervenientes.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

De regresso!

Depois de uns merecidos dias de descanso, o “Estremoz Revisited” está de regresso à blogosfera estremocense. Foram uns dias passados entre família e amigos que possibilitaram agradáveis momentos de confraternização.
Para além do descanso, houve tempo também para a diversão,tendo a oportunidade de participar num jantar da tertúlia "Baconália", a mais antiga de Torre de Moncorvo. Nesta tertúlia, com mais de 20 anos, participaram mais de duas dezenas de amigos que, embora estejam a trabalhar noutras localidades, fazem questão de regressar à sua terra natal nesta data que coincide com as festas da vila.
A todos os membros da tertúlia “Baconália” deixo um grande abraço.


Antes de finalizar as breves férias, tive ainda a oportunidade de concretizar um “sonho de meninice”, estar num concerto do TOY! Este animou o dia forte das festas de Torre de Moncorvo, mas como a sua actuação não estava a ter muito sucesso (e talvez querendo acabar o espectáculo mais cedo) ameaçou fazer “um Streap”. Antes de acabar teve ainda oportunidade para outros momentos brilhantes, nomeadamente quando referiu que não engravidou ninguém e que “há uma grande diferença entre espermatozóides e espermaTOYzóides”.
Por sorte, os deuses ajudaram-no e decidiram terminar o espectáculo com “uma grande carga de água”.

Bem, tudo para dizer que estamos de volta!!!!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

“Estremoz Revisited” de Férias!

À semelhança do que aconteceu noutros blogues, o “Estremoz Revisited” também vai de férias. Estarei de regresso no início da próxima semana.
A todos os visitantes do blogue desejo umas boas férias ou, se for caso disso, bom trabalho.


Pouca afluência de público durante a actuação da banda “Lucky Duckies”

O fim-de-semana passado foi repleto de actividades. Se na sexta-feira foi inaugurado o bar-pub Quo Vadis, no sábado, dia 8, foi a vez da banda “Lucky Duckies” actuar para os estremocenses em frente à Casa de Estremoz. Esta foi uma iniciativa da responsabilidade Câmara Municipal de Estremoz e inserida no projecto “Noites de Verão 2009”.
Esta banda especializada na música nostálgica desde os anos 20 aos anos 60, apresentou um repertório que integra os mais belos Jazz Standards, os mais emblemáticos temas de Rock’n Roll e de Classic Country, os mais românticos Boleros de sempre e as mais belas Baladas de outrora. O projecto, liderado pelo crooner Marco António e acompanhado pela cantora Cláudia Faria e uma combo de 4 músicos, apresentaram um visual retro bastante apelativo e que fez o público recuar no tempo.
Foi mais uma magnífica actuação da banda que regressou a Estremoz pela segunda vez este ano.
Pena que a afluência do público não tenha sido, mais uma vez, a desejada e que o som proveniente de um baile que decorria nas imediações se” misturasse” com o do concerto.






Quo Vadis tem “nova cara!”

Como já tinha referido, foi inaugurado na passada sexta-feira, dia 7, o bar-pub Quo Vadis. Esta inauguração contou com a participação de centenas de amigos do proprietário, Nuno Biga, que ficaram deslumbrados com a nova “cara” deste estabelecimento nocturno. O Quo-Vadis mudou de imagem, está mais moderno e promete revolucionar a noite dos estremocenses e de todos os que pretenderem visitar este espaço.
Após cerca de 2 anos de interregno para realização de obras de remodelação é caso para dizer “demorou mas valeu a pena!”.






sábado, 8 de agosto de 2009

De regresso a Estremoz!

Habituados a grandes palcos e depois de actuarem em Estremoz perante um Teatro Bernardim “meio vazio”, os Lucky Duckies estão de volta à nossa cidade e actuarão esta noite em frente à Câmara Municipal de Estremoz.
Se no último espectáculo esta banda encantou e divertiu toda a assistência que se encontrava no teatro, hoje não será muito diferente.
Não faltem porque é garantido que irão assistir a um magnífico espectáculo!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

"Quintas", Dia de Ricardo Araújo Pereira


Em busca do esquerdismo perdido
A recusa de Joana Amaral Dias parece ser a versão actualizada da recomendação que todas as mães faziam. "Se alguém te oferecer droga, não aceites", diziam as mães antigamente. Hoje, o conselho mais ajuizado parece ser: "Se alguém te oferecer a presidência do Instituto da Droga, não aceites."

Se alguém duvida de que o PS anda desnorteado, ponha os olhos neste caso: aparentemente, os socialistas fizeram vários convites a Joana Amaral Dias. No entanto, nenhum desses convites foi um convite para sair. Eis um partido cujas prioridades estão gravemente equivocadas. Não admira que Paulo Campos tenha, numa primeira fase, desmentido o convite. Paulo Campos, como o leitor sabe, é o secretário de Estado das Obras Públicas que num dia desmentiu ter convidado Joana Amaral Dias para integrar as listas do PS e, no dia seguinte, confirmou ter tentado avaliar a disponibilidade de Joana Amaral Dias para integrar as listas do PS. Paulo Campos saberá perfeitamente que levar uma tampa de Joana Amaral Dias não envergonha ninguém. O que é grave é, tendo à disposição o número de telefone de Joana Amaral Dias, e podendo formular-lhe um convite, fazer-lhe uma proposta de carácter político-partidário. É evidente, por isso, que o que Paulo Campos pretendeu desmentir não foi a existência de um convite, mas a natureza do convite - essa sim, absurda e vergonhosa.

Quando, em certo ponto da polémica, se disse que Joana Amaral Dias tinha sido convidada, não para deputada, mas para presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência, a história ganhou novos contornos. Em primeiro lugar, tornou-se verdadeiramente ofensiva para o Bloco de Esquerda: quando precisam de alguém para ocupar um cargo que tem a ver com droga, a primeira escolha dos socialistas é um bloquista. Maldito preconceito. É daqueles convites que, em lugar de enobrecer o escolhido, o amesquinha. Seria o mesmo que, para presidir a um hipotético Instituto contra a Fraude Financeira, ir convidar alguém que tivesse pertencido aos governos de Cavaco Silva.

Em segundo lugar, a recusa de Joana Amaral Dias parece ser a versão actualizada da recomendação que todas as mães faziam. "Se alguém te oferecer droga, não aceites", diziam as mães antigamente. Hoje, o conselho mais ajuizado parece ser: "Se alguém te oferecer a presidência do Instituto da Droga, não aceites." O princípio é o mesmo: quer para quem aceita droga quer para quem aceita o Instituto da Droga, os primeiros tempos são bons, uma pessoa sente-se eufórica com a nova experiência, e pensa que consegue manter-se sob controlo. Mas depois dá por si a querer mais e mais, constata que se meteu numa vida degradante e sem futuro, que perdeu os amigos todos, e que tem de fazer coisas que não quer.

Para recordar!

“The 80´s” foram anos de boa música, mas também ficaram marcados pela falta de qualidade de outras. Lembram-se do tema “Touch me” de Samantha Fox?
Se é certo que hoje conseguimos verificar que esta foi uma das canções que marcou o panorama musical dos anos 80 de uma forma “menos positiva”, não é menos verdade que ela também nos traz à memória boas recordações!


quinta-feira, 6 de agosto de 2009

José Eduardo Money...


http://pitecos.blogs.sapo.pt/

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

QUO VADIS reabre portas!

Após um longo interregno para a realização de obras de remodelação, um dos bares mais badalados da cidade de Estremoz volta a abrir as portas e promete voltar a animar as noites dos estremocenses e visitantes.
Fica aqui o convite para sexta-feira, dia 7, participarem na inauguração.
Ao Nuno Biga desejo-lhe muito boa sorte para este novo início de actividade.

Não Faltes! ATREVES-TE?

Vendo bicicleta “Scott Reflex 15”

A bicicleta que estou a colocar à venda está em perfeitas condições. Só tem um ano, poucos quilómetros (cerca de 1000) e está muito bem equipada. O preço que estou a pedir é cerca de 1/3 inferior ao seu valor real e só a pretendo vender porque comprei outra.
Vendo-a por 1100 euros e o preço não é negociável.

Características:
Peso: 12,9 kg
Quadro: Double Butted 6061 Alu - Genius Frame Tecnology
Suspensão: Rock Shox Tora 318 Air 100 mm
Amortecedor: Scott LC Lockout 110 mm
Grupo: Shimano LX (27)
Travões de disco: Shimano LX Disc

domingo, 2 de agosto de 2009

MAS NADA SE CONSEGUE PROVAR!!!!!!!

À semelhança do que tem vindo a acontecer a nível nacional, também em Estremoz a criminalidade tem aumentado. Os roubos sucedem-se e parece que não há nada a fazer para os evitar, apesar dos responsáveis estarem MAIS DO QUE IDENTIFICADOS. Entre um grupo de pessoas votadas a prejudicar os outros, encontram-se duas individualidades que têm como alvos principais adolescentes e idosos. Vamos dar-lhes os nomes fictícios de “Paulo” e “Manuel”.
Todos conhecemos casos de agressões ou assaltos efectuados por estes dois, mas tudo toma outro significado quando nos toca a nós ou a pessoas de quem gostamos.
Há cerca de dois anos uma pessoa que me é muito querida foi um destes alvos, mas mais uma vez nada aconteceu porque não se consegue provar em tribunal. O que é preciso para condenar estes indivíduos? Estão à espera que um desastre aconteça e que morra alguém?
Este amigo meu (pessoa trabalhadora e honesta) há cerca de dois anos, como já tinha referido, numa agradável noite de verão e à procura de um pouco de diversão dirigiu-se para as festas de Borba. Tudo normal até o “Paulo” se lembrar de pedir boleia. Este amigo não recusou, mas assim que teve oportunidade tentou fugir, tentativa que não surtiu efeito pois o “Paulo” foi no encalço e agrediu-o à entrada do seu automóvel. Dois murros na cara e uns pontapés para começar a noite. Mas há mais… Depois deste BÓNUS, o “Paulo” obriga-o ainda a ir com ele a Espanha. O meu amigo, fisicamente debilitado e visivelmente mais frágil, não teve outra alternativa senão aceder ao pedido. E assim foi… Os dois foram a Espanha e dirigiram-se a um bairro do conhecimento do “Paulo” para ir buscar droga. Já em Badajoz e depois do “material” comprado, este amigo é agredido novamente e vê o seu carro (que anda a pagar todos os meses) ser roubado, ficando sozinho já de madrugada sem saber o que fazer. Sem roaming no telemóvel e sem conhecer ninguém desespera, mas eis que o “Paulo” tem “bom coração” e volta para o apanhar.
Regressam a Estremoz e já quase em casa este amigo é agredido novamente e ameaçado, “ se contas a alguém levas mais”, disse o “Paulo”. Na manhã seguinte, e depois de uma noite sem dormir, o António (nome fictício) tenta esconder dos pais as mazelas que tinha na face, mas os olhos negros eram mais que evidentes. Assim que os seus pais se deparam com aquela situação dirigiram-se com o António ao Centro de Saúde de Estremoz para tratamento médico e de seguida à PSP para apresentar queixa.
A partir deste momento, e a perder dias de trabalho, o António começou as diligências para a esquadra da PSP, afim de prestar declarações, e a caminho do escritório do advogado. Neste processo andou mais um ano e tudo faria prever que finalmente seria feita justiça, mas enganou-se.
Eis que chega o dia da audiência. O António perante o juiz conta o que lhe sucedeu naquela noite fatídica, mas este decide que não se conseguiu provar que o INOCENTE “Paulo” tenha cometido realmente aquele acto.
MAIS UMA VEZ O INFRACTOR FOI LIBERTADO.
Há uns meses situação semelhante aconteceu a outro adolescente estremocense, mas desta feita o “Paulo” levou companhia. Este adolescente é agredido e obrigado a transportar o “Manuel” e o “Paulo” no seu automóvel para Badajoz com o intuito de mais uma vez irem buscar “produto”, mas o desfecho foi bem diferente do caso anterior. De regresso a Estremoz, e com um dos criminosos ao volante, os três têm um acidente. O carro fica totalmente destruído mas os dois infractores saem ilesos e conseguem fugir, deixando o adolescente dentro da viatura. Mais uma vez “quem se lixa é o mexilhão” e como nada se conseguiu provar quem ganhou mais umas nódoas negras e um carro destruído foi o adolescente.
Mas, muitos mais casos se sucederam (e irão suceder). Actualmente, um idoso estremocense só sai de casa acompanhado por ter medo de encarar com o “Manuel”. Este foi assaltado e agredido em plena via pública. MAS NADA SE CONSEGUE PROVAR!!!!!!!

sábado, 1 de agosto de 2009

REQUALIFICAÇÃO DOS BALUARTES DE ESTREMOZ

A Câmara Municipal de Estremoz já iniciou as obras de requalificação dos Baluartes de Nossa Senhora da Conceição e do meio Baluarte de S. Pedro.
Esta intervenção consiste no arranjo exterior do espaço, com movimentações de terras, execução de pavimentos, plantações e colocação de mobiliário, bem como a execução das redes de rega, drenagem e eléctricas.
A intervenção estrutura-se em dois espaços principais, os baluartes da 2ª linha da Fortificação do Castelo de Estremoz, os quais possuem diferentes áreas e formas bastante distintas:
Baluarte de Nossa Sra. da Conceição, o maior dos baluartes em estudo, com uma área de 1800 m2, e o meio Baluarte de S. Pedro, também designado por Terreiro do Loureiro, que ocupa uma área de cerca de 1393 m2.
A requalificação daqueles espaços tem como objectivo principal a organização do espaço que se apresentava já bastante desqualificado.
Trata-se de um espaço complexo devido à altimetria existente, com inclinações acentuadas junto à muralha.
As árvores existentes foram retiradas, procedendo-se a novas plantações.
È proposto um percurso pedonal principal a acompanhar a muralha, e para o qual convergem os restantes percursos.
Na sua periferia é criada uma zona de estacionamento, onde foram também considerados lugares para pessoas de mobilidade reduzida.
Junto ao estacionamento procede-se à introdução de um canteiro-murete, com espécies arbustivas de baixa manutenção. No murete são introduzidos bancos, que permitem criar zonas de estadia e descanso, favorecidas pela presença da vegetação do canteiro e também pela proximidade e ensombramento das árvores de alinhamento proposto.









É pró menino e prá menina...