Hoje, dia 22 de Março, realizou-se no Teatro Bernardim Ribeiro a cerimónia de entrega dos prémios do concurso “A Bilha”.
Em traços muito gerais, este é um projecto que visa a decoração de bilhas em barro pelos diversos alunos das escolas que participaram nesta iniciativa, através da utilização de todo o tipo de materiais reutilizáveis.
Não menosprezando os outros vencedores, gostaria de salientar a atribuição do galardão “Distinção Especial”, do 2º escalão, a Milene Raimundo e Débora Cardoso, duas alunas invisuais da Escola E. B. 2, 3 Sebastião da Gama de Estremoz, momento que comoveu toda a assistência.
Este projecto tem tanto de especial como de inovador, pois é uma bilha decorada por e para invisuais.
Tenho vindo a acompanhar estas duas meninas desde há algum tempo, através de alguns artigos que o Brados do Alentejo tem publicado de actividades em que elas têm participado, e é visível o extraordinário empenho e dedicação que as professoras do Ensino Especial, Rute Mendes e Estefânia Barroso, têm demonstrado para que estas duas jovens consigam ultrapassar as dificuldades inerentes à sua deficiência e para que se sintam, cada vez mais, como adolescentes ditas “normais”.
Para além disso, as docentes têm desempenhado também um papel muito importante na sensibilização de toda uma comunidade escolar. Através de diversas acções, alunos e professores têm sido colocados à prova e desafiados a ultrapassar os obstáculos, aparentemente simples, que Milene Raimundo e Débora Cardoso têm que enfrentar diariamente.
Numa destas últimas iniciativas os seus colegas percorreram a escola de olhos vendados e no final afirmaram que pensavam “que era difícil ser cego, mas não tanto”. “Daqui para a frente vou arrumar as minhas coisas para que elas não tropecem”, disseram outros.
Enfim, descrever o trabalho realizado por Estefânia Barroso e Rute Mendes é difícil porque não existem palavras para o fazer.
Em traços muito gerais, este é um projecto que visa a decoração de bilhas em barro pelos diversos alunos das escolas que participaram nesta iniciativa, através da utilização de todo o tipo de materiais reutilizáveis.
Não menosprezando os outros vencedores, gostaria de salientar a atribuição do galardão “Distinção Especial”, do 2º escalão, a Milene Raimundo e Débora Cardoso, duas alunas invisuais da Escola E. B. 2, 3 Sebastião da Gama de Estremoz, momento que comoveu toda a assistência.
Este projecto tem tanto de especial como de inovador, pois é uma bilha decorada por e para invisuais.
Tenho vindo a acompanhar estas duas meninas desde há algum tempo, através de alguns artigos que o Brados do Alentejo tem publicado de actividades em que elas têm participado, e é visível o extraordinário empenho e dedicação que as professoras do Ensino Especial, Rute Mendes e Estefânia Barroso, têm demonstrado para que estas duas jovens consigam ultrapassar as dificuldades inerentes à sua deficiência e para que se sintam, cada vez mais, como adolescentes ditas “normais”.
Para além disso, as docentes têm desempenhado também um papel muito importante na sensibilização de toda uma comunidade escolar. Através de diversas acções, alunos e professores têm sido colocados à prova e desafiados a ultrapassar os obstáculos, aparentemente simples, que Milene Raimundo e Débora Cardoso têm que enfrentar diariamente.
Numa destas últimas iniciativas os seus colegas percorreram a escola de olhos vendados e no final afirmaram que pensavam “que era difícil ser cego, mas não tanto”. “Daqui para a frente vou arrumar as minhas coisas para que elas não tropecem”, disseram outros.
Enfim, descrever o trabalho realizado por Estefânia Barroso e Rute Mendes é difícil porque não existem palavras para o fazer.
3 comentários:
Sempre a tua grande sensibilidade, se os meus parabéns vão para todos os participantes e vencedores, concordo plenamente contigo quando mencionas a emoção de toda a plateia, e que sim este é um projecto para todos, se todos fizermos a diferença pela positiva. Vamos lá educação, podemos sim dizer que fazemos coisas tão bonitas como integrar os nossos "meninos diferentes" mas tão iguais, apenas precisam em dobro do amor e da dedicação de quem acompanha e educa...Eu sou uma pessoa que vive das emoções da vida, possivelmente a própria vida assim me ensinou...será que não são momentos como estes que nos deviam movimentar; será que devemos considerar que só porque não nascemos iguais, não temos direito a viver; será que não são crianças como as outras, a mim pareceu-me que a sua felicidade em mostrar a todos os presentes que também existem e são capazes, se lhes derem as oportunidades, irradiou o Teatro Bernardim Ribeiro. "Ajudar o Próximo", porque nunca nos devíamos esquecer que o próximo podemos ser nós. Em cada criança diferente eu vejo um filho que hoje não está comigo, as suas diferenças não lhe permitiram sobreviver, mas jamais será esquecido por nós, nem mesmo pelos irmãos, que não o conheceram mas que sabem que se o mano estivesse connosco seria uma pessoa que precisava muito do amor deles mas que lhes retribuiria em dobro. Sei que ele, onde quer que esteja sabe que a mãe nunca o esqueceu, e que se tornou o "Anjo da Guarda" dos seus irmãos.
Peço desculpa, escrevi demais, mas o meu coração pediu, e eu apenas transcrevi o que sinto...Jinhos e parabéns.
Tal como a Guida também eu já vivi uma situação idêntica,perdi um filho que nasceu com deficiências graves e não sobreviveu. Dou os meus parabéns e admiro bastante o trabalho que estes educadores desenvolvem sempre a pensar no bem estar destas crianças e na sua felicidade, a ajudá-las a preparar-se para a vida para que não se sintam "diferentes nem descriminadas" ajudá-las a vencer barreiras e obstáculos.Obrigada e bem hajam.
Excelente trabalho. Não é nada facil.
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