quarta-feira, 6 de maio de 2009

Touradas vs Aborto vs Mau Gosto

Se o assunto das touradas é, por si só, muito polémico, imaginem o que é “juntar” este tema com a problemática do aborto. Foi o que fez a associação “Juntos pela Vida” que, certamente, pensou que os dois estão relacionados.
É óbvio que como campanha de Marketing, tendo em vista captar a atenção das pessoas, resulta na perfeição, mas considero que não se devem aproveitar assuntos tão sérios para este fim.
Não acreditei no que li, mas vejam vocês com os próprios olhos… Esta iniciativa só pode ser brincadeira de “Mau Gosto”.

Excerto de uma notícia publicada hoje, 6 de Maio, no jornal Público:

“Juntos pela Vida
Associação pede fim do aborto... nas zonas onde as touradas não são autorizadas


Se Viana do Castelo, Braga, Cascais e Sintra passaram a não autorizar touradas nos seus concelhos, porque é que permitem abortos? A pergunta é feita pela associação Juntos pela Vida, que já enviou uma carta aos autarcas destas zonas, para que reflictam sobre a questão e tomem uma posição. O movimento pediu também à associação Animal que se junte à causa.
Apesar de ainda não ter recebido a missiva, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, o socialista Defensor Moura, que foi pioneiro na questão das touradas, considera que “não há comparação possível entre as duas coisas” e que estas associações deviam “fazer um investimento forte na prevenção e na educação sexual”, pois proibir o aborto não evita que ele exista.
“Sou contra o aborto mas não sou contra a liberdade das mulheres de tomarem a sua opção”, esclareceu o autarca, que disse ver as touradas como “provocação de sofrimento num animal apenas para divertimento de alguns”. “A questão do aborto já é madura e não se pode usar todos os motivos para debater uma questão já discutida pela sociedade portuguesa”, asseverou.
Para o presidente da Animal “este apelo é absurdo” e “não inspira grandes comentários”. Miguel Moutinho fez questão de esclarecer, em declarações ao PÚBLICO, que os municípios não proibiram pois não têm competência legislativa. “Apenas não vão conceder autorização municipal para os eventos em que for necessária”, explicou. Por isso, entende que a associação pró-vida está a fazer uma “confusão tremenda de poderes” ao pedir às autarquias para fazerem algo que não seria lícito no domínio da saúde”(..).




2 comentários:

Calvin! disse...

Só tenho a dizer duas palavras em relação a isso, "no" "jento"

Anónimo disse...

esses gajos dos juntos pela vida são é uma data de otários...sinceramente!


o referendo serviu para alguma coisa,nao?