terça-feira, 28 de julho de 2009

IP2/ESTREMOZ - Grupo de cidadãos contesta novo traçado

Um grupo de cidadãos de Estremoz contesta o novo traçado proposto para a variante do Itinerário Principal (IP) 2, por considerar que põe novamente em causa interesses económicos, sociais, patrimoniais e ambientais.
Carlos Sarmento de Matos, representante do grupo de cidadãos, disse hoje à agência Lusa que a Estradas de Portugal "ignorou a decisão governamental" de 2007 e propõe agora um traçado para a variante do IP2 em Estremoz que "é praticamente o mesmo que teve o parecer negativo da Comissão de Avaliação de Impacte Ambiental e foi chumbado pelo Governo".
"As alternativas propostas põem em causa os mesmos interesses económicos, sociais, patrimoniais e ambientais que levaram o Governo, em 2007, a chumbar o traçado", salientou Carlos de Matos.
De acordo com o representante do grupo de cidadãos que se propõe defender os interesses de Estremoz, o traçado agora proposto aponta para duas vias, quando estavam previstas quatro, porque os "estudos apontam falta de tráfego".
Carlos Sarmento de Matos explicou ainda que empresários do sector vinícola investiram tendo em conta a anterior decisão governamental, que agora é posta em causa.
"Toda a argumentação que muitos cidadãos de Estremoz utilizaram para contestar o projecto de 2007 e que o Governo sancionou, está de novo em causa", salientou.
A solução alternativa proposta em 2007 pelo grupo de cidadãos, a construção da variante ao IP2, pela zona nascente da cidade, é "abandonada", segundo Carlos de Matos, no Estudo de Impacte Ambiental em discussão, com "argumentos pouco consistentes".
Segundo o processo de contestação que foi apresentado à Agência Portuguesa do Ambiente pelo grupo de cidadãos, a que a Lusa teve acesso, a 22 de Agosto de 2007, o Governo emitiu uma Declaração de Impacte Ambiental desfavorável à execução do projecto "IP2 Variante a Estremoz e Reformulação do Nó com a EN4".
Dois anos depois, refere o documento, a "Estradas de Portugal surge com um novo projecto, que é apenas novo na designação e no traçado específico, mas que é praticamente igual ao anterior quanto aos impactos negativos, uma vez que atravessa exactamente a mesma área que em 2007 se entendeu dever defender".
Em 2007, o que estava em discussão era a execução do projecto "IP2 Variante a Estremoz e Reformulação do Nó com a EN4". Agora o projecto apresentado é formalmente diferente e chama-se "IP2-IP6 (A23) Portalegre (IP7/A6".
O documento refere ainda que "contra tudo e contra todos e, assim parece, com o beneplácito silencioso da autarquia, a entidade proponente tenta inserir o projecto contestado e chumbado em 2007 num outro projecto mais vasto com a intenção de 'embrulhar' de outra forma e diluir a contestação sobre o traçado específico da zona de Estremoz.
Segundo o documento, na zona de Estremoz, "surgem agora três traçados, mas nenhum deles constitui uma alternativa aos outros porque atravessam praticamente a mesma zona e os seus impactos são exactamente os mesmos".
O Ministério do Ambiente chumbou em Agosto de 2007 o traçado proposto, na altura, para a variante do IP2 em Estremoz, devido a impactos negativos significativos, segundo um documento a que a Lusa teve acesso.
A construção do troço do IP2 que passa em Estremoz já havia sido chumbada pela Comissão de Avaliação de Impacto Ambiental, mas como o parecer desta entidade não é vinculativo coube ao Ministério do Ambiente uma decisão final.
A declaração de impacto ambiental, assinada a 22 de Agosto de 2007 pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, diz que o "projecto induzirá impactos negativos significativos", nomeadamente em áreas de vinha, olival e montado.

http://www.destak.pt/artigos.php?art=36796

11 comentários:

Anónimo disse...

volto a dizer o mesmo que disse da outra vez, enquanto se continuar a dar preferência á vida dos animais e das plantas em detrimento das pessoas, nunca passaremos da cepa torta.

Anónimo disse...

esse sr.MATOS não é de sintra?tudo isto porque esse individuo comprou uma casa de campo que agora vai ficar ao pé da auto estrada,como na sua casa em lisboa ou sintra,AZAR.Agora o importante é tirar o transito dentro da cidade«ESCOLAS» ate me arrepio só de pensar a quantidade de trafego que todos os dias passam ao pé de escolas e do centro de saude.quanto ao sr. dentistas vai ser indeminizado,se nao os quizer€€€€ demos.as oliveiras sao trasplantadas.ok

Anónimo disse...

Por causa de 2 ou 3 “tios”, que se calhar nem são de Estremoz, deixa-se de fazer uma obra importante, para tirar o tráfego dentro da cidade, que muito transtorno dá para os lados das Escolas, vinhas há muitas e hipóteses da IP2 deve haver muito poucas. Por isso esses senhores que se deixem de merdas e que se faça a IP2, é uma vergonha, á tanto tempo que se está á espera da sua construção.

Anónimo disse...

Se estes "senhores interessados pelo concelho" não fossem uns ricaços com conhecimentos em todo o lado a estrada que tanto se precisa já estava feita há muito tempo.
Assim, continuam a passar os camiões e os carros junto a várias escolas, pavilhão, piscinas. Centro de saúde (!!!) etc, para as cepas das vinhas poderem estar em paz no meio do mato.

Anónimo disse...

Enquando as cacas de fora vierem falar para estremoz, a porra da variante numca mais se faz. tenho a certeza que os filhos dos mesmo não andam nas escolas de Estremoz.

E ninguem fala no investimento que foi feito para a espropriação, construção no inicio da variante. talves seja bem superior ao subsido de construção das vinhas dos sr's doutores "dentidtas" e gajoa de cintra. espanquem esses gajos que n fazem cá nada, nem dinheiro ao pingo doce dão....

Abraço o zé da trincha...

Anónimo disse...

Porque bão criamos um grupo de cidadãos a fovor da variante????

Talves seriamos bem mais que esse grupo de cidadãos dos montes...

Anónimo disse...

Vamos todos,estremocenses e também aqueles que não sendo,são amigos da nossa terra,organizar um abaixo assinado e se necessário uma manif... para exigirmos o traçado da IP2.
E esses senhores,que apenas por aqui "andam" não a fruirem, mas a "gozarem" o que de bom a nossa terra tem e a gozarem-nos que se vão para de onde vieram.
Ou então que fiquem,mas não nos prejudiquem e não venham impor o que para nós é prejudicial.
Eu tenho um Monte,sou do campo e não aceito que estes novos "burgueses" venham prá aqui alterar o nosso modo de vida.
Manel do Monte

Anónimo disse...

eu alinho nessa do abaixo assinado, e quase punha as mãos no lume, em como uma grande maioria também alinharia.
vamos lá acabar com as vontades de meia duzia de "novos ricos", e mostrar a nossa vontade, para o bem de Estremoz.

Anónimo disse...

ha é melhor andar-mos com isso para a frente, porque ao que parece alguns senhores burgueses pertencem a lista do sr. mourinha...

Anónimo disse...

Pois acho uma optima ideia vamos organizar um movimento a favor da variante o mais urgente possível, podem desde já contar comigo.

Dr Telmo disse...

É interessante ver como Etz após estes anos continua com uma IP a percorrer algumas das suas principais vias, no entanto tudo continua na mesma a bem da nação.
Nós Estremocenses continuamos a receceber com muita dignidade quem investe neste concelho e cria postos de trabalho... faz lembrar a forma como recebemos os forasteiros nas varias ex- dicotecas ... já os grandes grupos economicos, esses coitados precisam de apoio porque esses são os unicos geradores de emprego...